CBAt completa 39 anos, como uma das entidades mais bem avaliadas do País

SÃO PAULO - Até a década de 1970, o futebol e a maioria dos esportes olímpicos eram administrados no Brasil pela antiga Confederação Brasileira de Desportos (CBD). Com a mudança da legislação esportiva do País, a CBD foi extinta e cada esporte fundou sua própria instituição.

Embora filiadas a uma entidade eclética, vários Estados já contavam com sua instituição especializada, caso de São Paulo, com a Federação Paulista de Atletismo (FPA), a mais antiga de todas, criada em 1924.

As Federações estaduais fundaram oficialmente a 2 de dezembro de 1977 a Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt). O carioca Hélio Babo, que por vários anos fora diretor do Departamento de Atletismo do CBD, foi o primeiro presidente eleito da CBAt. Babo, que chegou a ser membro do Conselho da IAAF, dirigiu a Confederação por dois mandatos.

O segundo presidente da CBAt foi o paulista Evald Gomes da Silva, antigo atleta e ex-presidente da FPA. Evaldo foi membro do Comitê Técnico da IAAF, então sigla da Federação Internacional de Atletismo, hoje Associação Internacional das Federações de Atletismo.

O amazonense Roberto Gesta de Melo foi o sucessor de Evald. Gesta era então vice-presidente da CBAt e da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV), e fora presidente das Federações de Atletismo, Vôlei e Tênis de Mesa do Amazonas.

Gesta foi, ainda, secretário de Esporte do Amazonas, e é presidente da Confederação Sul-Americana de Atletismo (CONSUDATLE) e da Associação Ibero-Americana de Atletismo (AIA), e, também, representante da América do Sul no Conselho da IAAF.

Desde 2013 o presidente da Confederação é José Antonio Martins Fernandes, o Toninho. Depois de começar no esporte como jogador de futebol profissional, Toninho foi vice-presidente de Esportes da ADC Eletropaulo, presidente da Federação Paulista e membro do Comitê Paralímpico Brasileiro.

Toninho Fernandes é, também, membro da Comissão de Relações Externas da Associação Internacional das Federações de Atletismo (IAAF), Secretário Nacional de Esportes da União Geral dos Trabalhadores (UGT), Presidente do Sindicato dos Profissionais de Educação Física de São Paulo e Região (SINPEFESP) e Presidente da Federação Nacional dos Profissionais de Educação Física.

ATLETISMO ALCANÇA NOVO PATAMAR

De uma entidade pequena, com sede num prédio público do Centro do Rio de Janeiro até a primeira metade da década de 1980, a CBAt tornou-se uma das mais importantes entidades do esporte olímpico nacional.

Com orçamento superior a R$ 25 milhões anuais até último ciclo olímpico, a Confederação conta com ampla sede em São Paulo, dezenas de funcionários que atendem milhares de atletas, treinadores, árbitros, clubes, Federações estaduais, patrocinadores e parceiros.

Programas de apoio a atletas e treinadores foram possíveis graças ao patrocínio da Caixa Econômica Federal, convênios com o Ministério do Esporte e parceria com o COB.

No plano administrativo, a CBAt foi a primeira Confederação a dar voz e voto a atletas, treinadores, árbitros e cubes, além das Federações estaduais. Entre os novos projetos, está a Rede Nacional de Treinamento de Atletismo, em convênio com o Ministério do Esporte, que conta com 12 centros locais, regionais e nacionais.

Recentemente, a CBAt alugou por 20 anos as instalações do antigo clube da Rede, sendo que nos dois primeiros anos, não terá de pagar pelo uso. No local, será instalado o Centro Nacional de Desenvolvimento do Atletismo.

O trabalho dos diretores, funcionários e colaboradores tornaram a Confederação uma das instituições esportivas mais bem avaliadas do Brasil. No último dia 30 de novembro, na capital paulista, a CBAt recebeu, pelo segundo ano consecutivo, o conceituado Prêmio SOU DO ESPORTE, como uma das cinco melhores Confederações do País.