O atletismo do Brasil obteve uma excelente campanha na 18ª edição dos Jogos Pan-Americanos de Lima, Peru, ao somar 16 medalhas (6 de ouro, 6 de prata e 4 de bronze), superando a campanha de Toronto 2015, quando conseguiu 13 pódios (2 de ouro, 5 de prata e 6 de bronze). Com uma equipe de 45 atletas (23 mulheres e 22 homens) ficou em segundo lugar na classificação do atletismo por medalhas, atrás apenas dos Estados Unidos, com 33 (7 de ouro, 14 de prata e 12 de bronze). Mas o destaque da participação brasileira nesses Jogos de Lima foi a diversidade das conquistas dos atletas em vários grupos de provas, de pista e de campo.
"Uma campanha excelente, a nossa quarta melhor participação desde o Pan de 1951. Nosso prognóstico era de cinco medalhas de ouro, vieram seis e poderíamos ter ganho mais algumas que não vieram, mas é do jogo", afirma João Paulo Alves da Cunha, treinador-chefe do Brasil. "Além das 16 medalhas tivemos vários quarto lugares, alguns atletas fizeram melhor marca pessoal ou da temporada, recordes brasileiro e sul-americano. E as marcas dos atletas que ganharam ouro foram excelentes, como a do Darlan Romani, o recorde pan-americano."
João Paulo ainda destacou o fato de o Brasil ter mantido a tradição em provas de fundo, com os ouros nos 10 mil e nos 3.000 m com obstáculos e a prata nos 5.000 m e as medalhas na marcha atlética 20 km. "Ganhamos provas em que não tínhamos medalha como o próprio arremesso do peso. Hoje, não dependemos mais de uma área. Hoje todas as áreas estão contempladas", analisou João Paulo Alves da Cunha.
"Nossos treinadores entendem que este ano é nosso melhor, somando a participação de nossos atletas em todas as competições internacionais de todas as categorias. Estamos vivendo uma excelente temporada", acrescentou João Paulo, em sua análise.
Darlan Romani é o principal exemplo dessa diversidade do Brasil no pódio dos Jogos Pan-Americanos de Lima. Darlan ganhou a primeira medalha de ouro do Brasil no arremesso do peso e também o primeiro título do atletismo nos Jogos de Lima. E com recorde pan-americano: 22,07 m. Darlan é o recordista sul-americano do arremesso do peso, com a segunda melhor marca do mundo no ano (22,61 m), feita no Prefontaine Classic da Diamond League, em Palo Alto, Califórnia (EUA), em 30 de junho.
O 50º título da delegação do Brasil no Pan coube ao atletismo, a Altobeli Santos nos 3.000 m com obstáculos. "Parecia até que era peruano, a torcida gritando, apoiando na última volta. Pensei: agora é a minha hora. Vi os americanos ficando. E, como brasileiro, botei na cabeça que não ia perder essa medalha, estava confiante. O ouro estava engasgado e, finalmente, veio", disse Altobeli. "É uma emoção única, diferente, contagiante. O ouro tem um sabor diferente", acrescentou, referindo-se também a medalha de prata que havia conquistado um dia antes, nos 5.000 m.
O Brasil também foi efetivo nas provas de velocidade. O velocista Paulo André Camilo de Oliveira destacou-se ao conquistar duas medalhas, prata nos 100 m e ouro com o revezamento 4x100 m, com a mesma equipe que foi campeã no Mundial de Revezamentos de Yokohama, no Japão, em maio. A formação do 4x100 m teve Rodrigo do Nascimento, Jorge Vides, Derick Silva e Paulo André.
Entre as mulheres o destaque foi a velocista Vitória Rosa, que ganhou medalha de bronze nos 100 m, prata nos 200 m - com 22.72, na semifinal, e 22.62, na final, dois recorde pessoais e marca minima exigida pela IAAF para os Jogos Olímpicos de Tóquio. Vitória Rosa ainda ficou com o ouro no revezamento 4x100 m, no time que tinha Andressa Fidélis, Lorraine Martins e Rosângela Santos. Vitória fechou sua participação no Pan com 3 medalhas. "Estou muito feliz e acho que ainda posso melhorar as minhas marcas nas duas provas individuais", disse.
Com medalha de ouro Alison Brendon dos Santos, de 19 anos, completou os 400 m com barreiras em 48.45, quebrando pela quinta vez nesta temporada o recorde sul-americano sub-20 e reafirmando índice para o Mundial de Doha e a marca mínima exigida pela IAAF para a Olimpíada de Tóquio 2020. É um atleta muito jovem, ainda na categoria sub-20, mas que já vem mostrando resultados entre os adultos.
No último dia de competição (11/8/2019), na marcha atlética 50 Km Caio Bonfim, prata nos 20 km, e Viviane Lyra ficaram em quarto lugar. Mas tanto Caio Bonfim, com 3:57:54, quanto Viviane Lyra (4:22:46) superaram a marca mínima exigida pela IAAF para o Mundial de Doha, Catar, de 27 de setembro a 8 de outubro. Elianay Pereira terminou em quinto, também com índice para o Mundial (4:29:33).
As medalhas
Ouro
Darlan Romani - arremesso do peso (22,07 m, recorde pan-americano)
Alison dos Santos - 400 m com barreiras (48.45, recorde sul-americano sub-20)
Ederson Pereira - 10.000 m (28:27.47)
4x100 m feminino - Andressa Fidélis, Lorraine Martins, Vitória Rosa e Rosângela Santos (43.04)
4x100 m masculino - Rodrigo do Nascimento, Jorge Vides, Derick Souza e Paulo André de Oliveira (38.27)
3.000 m com obstáculos - Altobeli Santos da Silva (8:30.73)
Prata
20 km marcha atlética - Caio Bonfim (1:21:57)
5.000 m - Altobeli Santos da Silva (13:54.42)
Lançamento do disco - Andressa de Morais (65,98 m, recorde sul-americano)
100 m - Paulo André de Oliveira (10.16, -0.5 m/s)
200 m - Vitória Rosa (22.62, vento -0.1 m/s)
Salto com vara - Augusto Dutra (5,71 m)
Bronze
20 km marcha atlética - Erica Rocha de Sena (1:30:34)
Lançamento do disco - Fernanda Borges (62,23 m)
100 m - Vitória Rosa (11.30, -0.6 m/s)
110 m - Eduardo de Deus (13.48, vento 1.8 m/s)
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