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Thaissa diz que a maternidade e a medalha são "conquistas emocionantes"

09.05.2020  |    22 visualizações

A medalhista olímpica com o revezamento 4x100 m em Pequim-2008 cuida de João Gabriel, de 6 meses, enquanto recupera a massa muscular perdida desde a gestação com exercícios e empurrando carrinho na subida

Bragança Paulista - Thaissa Barbosa Presti é mãe de João Gabriel, de seis meses, e comemora neste domingo (10/5/2020) o seu primeiro Dia das Mães. “No ano passado eu já estava grávida e a emoção é muito grande”, disse Thaissa, medalhista olímpica.

Thaissa, que integra o Programa Heróis do Atletismo da Caixa, é uma das mães do atletismo de ‘primeira viagem’, assim como Joana da Costa, do salto com vara e integrante da Comissão de Atletas da Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt), mãe de Gabriela, que nasceu há um mês. É também o caso da heptatleta Giovana Cavaleti, mãe de Gael, de 8 meses, filho do saltador Mauro Vinícius Hilário da Silva, o Duda. E de Daiana Gambôa, treinadora, mulher do também treinador Diogo Gambôa, mãe de Clara, de 6 meses. Todas mães de ‘primeira viagem’ que definem o domingo como de muita emoção.

Thaissa é filha de Zé Sérgio, que defendeu o São Paulo e a seleção brasileira de futebol. Exímia corredora dos 200 m representou o Brasil nas Olimpíadas de Pequim-2008 correndo com o revezamento 4x100 m ao lado de Lucimar Moura, mãe de Ana Julia, Rosemar Coelho Neto, mãe de Valentina – integrante do Conselho de Administração da CBAt –,  e Rosângela Santos (Pinheiros), que ainda não é mãe e compete, a primeira mulher brasileira a correr os 100 m abaixo dos 11 segundos (10.91, em Londres, em 5/8/2017).

“Elas sempre me deram conselhos em relação a maternidade. Mas só conhecem o João Gabriel por fotos”, disse Thaissa, referindo-se às companheiras de pódio que também são mães. Assim que passar a pandemia da COVID-19 Thaissa espera que as colegas do revezamento conheçam João Gabriel.

“Mulher atleta sempre pensa para ter filho. Ou para e depois retoma a carreira ou – como eu achei melhor fazer – tem filho depois que para de competir. Eu optei por curtir a maternidade após a carreira”, disse Thaíssa, de 34 anos, explicando que até mesmo para retomar a forma física após o nascimento do filho tem sido difícil.

“Perdi massa muscular desde a gestação. Tenho feito exercícios de fortalecimento e cardiovasculares, de corrida mesmo. Nem que seja para empurrar o carrinho na subida”, observou Thaissa, que mora em Vinhedo, interior de São Paulo, e tem espaço no seu local de residência para as atividades.

O Brasil herdou o bronze do revezamento 4x100 m feminino dos Jogos de Pequim, prova disputada no dia 22 de agosto de 2008, devido a uma punição de doping para a Rússia. Na ocasião, o Brasil fez o tempo de 43.14, atrás de Rússia (42.31), Bélgica (42.54) e Nigéria (43.04). Em agosto de 2016, o COI deu à Bélgica o primeiro lugar, enquanto a Nigéria subiu para segundo, e o Brasil para o terceiro.

Em 29 de março de 2017 as brasileiras receberam as medalhas, nove anos depois, em cerimônia no Prêmio Brasil Olímpico, evento anual do Comitê Olímpico do Brasil (COB). “Qualquer atleta sonha em ter uma medalha olímpica e a gente conquistou isso. Foi muito tempo depois, de uma forma diferente, mas o Brasil tem essa conquista, essa medalha é nossa”, disse Thaíssa.

A mãe de João Gabriel também deixou uma mensagem para outras mães atletas ou que atuam na área esportiva e no atletismo. “Mesmo depois de tantas conquistas no esporte a maternidade, que é muito mais simples do que o treinamento de anos até uma medalha, também me surpreendeu positivamente, como uma conquista. Apesar de ser cansativo e da privação do sono que toda mãe tem vale muito.”

A Caixa é a Patrocinadora Oficial do Atletismo Brasileiro.

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