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Gabriele Santos sonha com índice olímpico para Jogos de Tóquio

21.01.2021  |    31 visualizações

Melhor atleta do Troféu Brasil Caixa, carioca terminou a temporada 2020 em 12º lugar no Ranking Mundial da World Athletics, com 14,17 m (-0.1), no salto triplo. Treinada por Nélio e Tania Moura, foi bicampeã do Troféu Brasil e campeã do GP Brasil

Bragança Paulista– A carioca Gabriele Sousa dos Santos (Pinheiros), eleita a melhor atleta feminina do Troféu Brasil Caixa de Atletismo nos últimos dois anos, quer obter a qualificação para o salto triplo dos Jogos Olímpicos de Tóquio e, mais do que isso, buscar a final da competição, que será disputada de 23 de julho a 8 de agosto de 2021.

Na edição de dezembro de 2020 do Troféu Brasil, no Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa, em São Paulo, ela bateu o recorde pessoal no salto triplo, com 14,17 m (-1.0), 12ª marca no Ranking Mundial da World Athletics do ano.

O objetivo era conseguir o índice de 14,32 m, exigido pela WA e referendado pela Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt). “A temporada de 2020 foi muito difícil. Meu objetivo agora é me concentrar muito para esta temporada de 2021. Não quero apenas o índice olímpico, quero muito fazer a final em Tóquio”, disse a atleta, que treina há dois anos com Nélio e Tania Moura, em São Paulo.

Gabriele disse que está bem e retornou aos treinos, depois de alguns dias de descanso, após o Troféu Brasil, ainda durante as festas de fim de ano. “O objetivo é o índice olímpico. Na verdade, o índice já era para ter saído em dezembro, mas não deu. Acabei não acertando a marca”, disse a atleta de 25 anos, medalha de bronze no Sul-Americano de Lima-2019, no Peru.

“A Gabi tem evoluído muito a cada ano, inclusive em 2020, apesar de ter ficado meses treinando em casa por causa da pandemia tem amplas condições de obter o índice, a consistência de seus resultados em dezembro indica isso”, comentou Tania Moura. “Além disso, ela encaminhou muito bem sua classificação pelo critério de pontos da WA. Ela deverá melhorar ainda mais com as competições de 2021. Continuaremos investindo em ambas as possibilidades (índice e ranking), acreditando que, uma vez classificada, ela possa ser finalista em Tóquio.”

Tania diz que a evolução da saltadora foi incrível nos últimos dois anos. “Ela cresceu muito em pouco tempo e isso demonstra todo seu potencial. Em 2018, ela morava em Bragança Paulista e se mostrava bastante desanimada. Perdia muitos treinos e suas marcas estavam estagnadas. Com sua vinda para o Centro de Excelência de São Paulo e ao Pinheiros seus resultados decolaram, e já está na elite mundial da prova. Tenho muita confiança nela”, completou a treinadora.

Gabriele, aliás, elogia muito a oportunidade que teve no Centro de Excelência, iniciativa do governo estadual de São Paulo, no Conjunto Desportivo Constâncio Vaz Guimarães, no Ibirapuera. “A instalação fez muita diferença. Tive direito a uma bolsa e a moradia, o que me ajudou muito”, comentou.

A atleta nascida no dia 23 de fevereiro de 1995 começou no atletismo aos 9 anos. “Eu treinava numa comunidade carente no Rio de Janeiro, onde tinha um projeto social de atletismo." Em função dos resultados nacionais e internacionais que alcançou nas categorias de base, na Escola Municipal Francisco Caldeira de Alvarenga (EMFCA), mudou para o Centro de Excelência. “Algumas portas importantes acabaram se abrindo.”

Além dos 14,17 m (-1.0) no triplo, ela tem 6,39 m (1.4) no salto em distância como melhor resultado. Está em 28º lugar no Ranking da Word Athletics, com 1.197 pontos, fechado em 21 de dezembro. Ela é bicampeã do Troféu Brasil e, em dezembro, venceu também o GP Brasil Caixa, no Centro Olímpico, com 14,10 m (2.5).

A Caixa é a Patrocinadora Oficial do Atletismo Brasileiro.

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