Bragança Paulista - Nelson Prudêncio nasceu em 4/4/1944, em Lins (SP), e deixou um legado histórico para o atletismo brasileiro. Nelson integrou a galeria dos heróis olímpicos do salto triplo, prova em que o Brasil tem seis medalhas. Nelson Prudêncio é o personagem da série Aniversário, criada pela Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) para homenagear os medalhistas olímpicos e em Mundiais adultos. Nelson morreu no dia 23 de novembro de 2012, na cidade de São Carlos (SP).
É reverenciado pela conquista de duas medalhas olímpicas, uma de prata e uma de bronze, das seis que o Brasil tem na história do salto triplo, conquistadas também por Adhemar Ferreira da Silva e João Carlos de Oliveira, o João do Pulo. Nelson ganhou a medalha de prata nos Jogos Olímpicos da Cidade do México-1968, com recorde mundial (17,27 m), batido logo em seguida, e a de bronze na Olimpíada de Munique-1972, na Alemanha, ambas num dia 17 de outubro.
Nelson, o caçula dos 16 filhos de Romualdo e de Maria Beatriz, começou tarde no atletismo, aos 20 anos. Seu primeiro diploma foi o de torneiro mecânico, quando se destacava como um bom jogador de futebol. Foi apresentado ao atletismo em 1964, na pista do Bolão, em Jundiaí (SP). Fez um teste saltou 11,60 m no triplo e foi aceito. Com um mês de treino saltou 12,60 m e ainda em 1964 fez 13,76 m, treinando só duas vezes por semana. Dividia as atenções entre o trabalho, os estudos e o atletismo – treinava apenas duas vezes por semana e, mesmo assim, atingia marcas cada vez melhores.
O primeiro grande resultado internacional da carreira do saltador veio no Pan de 1967, quando saltou 16,45 m. Com três anos de atletismo, ganhou a medalha de prata em Winnipeg-1967, no Canadá, e em Cáli-1971, na Colômbia, foi mais uma vez vice-campeão. Ainda disputou o Pan da Cidade do México-1975 – quando João do Pulo saltou 17,89 m.
Na Olimpíada de 1968 foi protagonista de uma disputa eletrizante no salto triplo. A briga pelo pódio começou na qualificação, no dia anterior, quando o italiano Giuseppe Gentile conseguiu 17,10 m e melhorou em sete centímetros o recorde mundial do polonês Josef Schmidt, em vigor desde 1960. Nelson conseguiu sua classificação com 16,57 m, superando em um centímetro o recorde brasileiro de Adhemar Ferreira da Silva, de 1955, também obtido na Cidade do México.
Na final, o recorde caiu novamente quatro vezes: com Gentile, que saltou 17,22 m, depois com o soviético da Geórgia Viktor Saneyev, que fez 17,23 m, e com o brasileiro Nelson, com 17,27 m. Saneyev ainda alcançou 17,39 m para ficar com o ouro.
Seguiu o plano traçado com seu treinador Clóvis Nascimento: superar o recorde brasileiro, o que fez quatro vezes, nos seis saltos a que teve direito naquela final olímpica: 16,22 m, 17,05 m, 16,75 m, 17,27 m e 17,15 m (queimou na quarta tentativa).
Na Olimpíada de Munique-1972 conquistou o bronze com 17,05 m, atrás de Saneyev, ouro com 17,35 m, e do alemão Joerg Drehmel, prata com 17,31 m. Lamentou não ter podido treinar direito porque não pôde usar a pista do campo de futebol para não estragar a grama.
Além de sua carreira como atleta, tornou-se professor da Universidade Federal de São Carlos e mais tarde obteve o título de doutor em atletismo pela Universidade de Campinas (Unicamp-SP).
O presidente do Conselho de Administração da CBAt, Wlamir Motta Campos, disse que "teve o prazer de conviver" com Nelson Prudêncio. "Um verdadeiro herói do atletismo que, além de suas duas medalhas olímpicas, foi uma referência também no mundo acadêmico, um grande exemplo para os jovens atletas de que se deve pensar sempre no pós-carreira e na importância do esporte como ferramenta de transformação. Além de professor doutor Nelson Prudêncio, com duas medalhas olímpicas, foi vice-presidente da CBAt, professor titular da Universidade Federal de São Carlos e pai de um grande amigo, Márcio Prudêncio, que é treinador da Universidade Federal de Minas Gerais. São legados e exemplo", ressaltou Wlamir.
Nelson Prudêncio foi o primeiro medalhista olímpico a ser vice-presidente da CBAt, entre 2004 e 2012. Agora, Edson Luciano Ribeiro, bronze em Atlanta-1996 e prata em Sydney-2000 – medalhas conquistadas com o revezamento 4x100 m – é o segundo atleta olímpico a ocupar o cargo. “É uma honra ocupar a função que já foi do professor Nelson. Meu maior contato com ele foi nos Jogos Pan-Americanos do Rio-2007, quando estávamos juntos numa ação da Caixa, atendendo convidados. Vi o professor nervoso na hora de falar. Hoje entendo isso. Ser vice-presidente da CBAt é grande responsabilidade. Vou para Bragança Paulista na segunda-feira (5/4) e já estou sentindo um frio na barriga. Estou ansioso e nervoso, mas muito feliz pelo convite feito pelo presidente Wlamir Motta Campos”, disse Edson Luciano.
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