Bragança Paulista - Thiago Braz, campeão olímpico no Rio-2016 e bronze nos Jogos de Tóquio-2021, conquistou neste domingo (20/3) a medalha de prata na prova do salto com vara do Campeonato Mundial Indoor de Atletismo, na Stark Arena de Belgrado, Sérvia. Ele saltou 5,95 m na terceira e última tentativa, quebrando o recorde brasileiro e sul-americano da prova, que era dele com 5,93 m, desde 2016.

Foi a segunda medalha do Brasil na competição. No sábado (19/3), Darlan Romani havia conquistado o ouro no arremesso do peso, com 22,53 m, em um desempenho excepcional.

O paulista de Marília, de 28 anos, passou 5,60 m e 5,85 m nas fases anteriores, superando outros 11 concorrentes. Nos 5,95 m, precisou de três saltos para ultrapassar o sarrafo. Ele ficou atrás apenas do sueco Armand Duplantis, que garantiu o ouro e bateu o recorde mundial, com 6,20 m. Mondo, como é conhecido, já era o recordista, com 6,19 m.

Thiago Braz vem em ascensão. Ele tinha 5,91 m, obtido em Rouen, na França, no dia 5 de março, como melhor resultado na temporada. Ele comemorou muito a conquista, de olho no Mundial de Oregon, nos Estados Unidos, que será disputado de 15 a 24 de julho. Foi a primeira medalha do brasileiro em Mundiais adultos. No Indoor, ele havia disputado as edições de Sopot-2014, Portland-2016 e Birmingham-2018. Thiago Braz foi campeão mundial juvenil, em Barcelona-2012.

Duplantis, campeão olímpico em Tóquio e grande favorito, passou todas as etapas na primeira tentativa: 5,60 m, 5,85 m, 5,95 m e 6,05 m. Nos 6,20 m, passou no terceiro e último salto. Foi muito aplaudido pelo público de cerca de 20.000 pessoas no ginásio.

"Muita coisa aconteceu depois de 2016 e a experiência de vida e como atleta faz parte do meu desenvolvimento. É natural, um aprendizado com experiências boas e ruins, mas que estão me levando para a frente. Só penso em competir, saltar mais alto e trazer medalhas para nosso país", afirmou Thiago para o instagram da Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt). O saltador passará uma semana no Brasil antes de retomar a temporada na Europa para as competições ao ar livre da Diamond League e a preparação ao Mundial do Oregon, nos Estados Unidos, de 15 a 24 de julho. "Eu precisava de mais experiência, mais carga horária de treinamento. E hoje está sendo a realização porque estou conseguindo pensar melhor, saltar melhor e fazer ótimos resultados."

Nas outras provas do período da noite em Belgrado, tarde no Brasil neste domingo (20/3), Rafael Henrique Pereira ficou em quarto lugar na série 1 das semifinais dos 60 m com barreiras, igualando pela quinta vez o seu recorde sul-americano da especialidade, com 7.58. Com a classificação não passou para a final. Grant Holloway, dos Estados Unidos, ficou com o ouro (7.39), Pascal Martinot-Lagarde, da França, com a prata (7.50), e Jarret Eaton, também dos EUA, com o bronze (7.53).

No salto em distância, Eliane Martins não obteve marca, queimando as três tentativas. O ouro, para festa da torcida, foi para a sérvia Ivana Vuleta, com 7.06 m. A nigeriana Ese Brume conquistou a prata, com 6,85 m, seguida da britânica Lorraine Ugen, com 6,82 m.

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