Bragança Paulista - Os Jogos Olímpicos destinados aos atletas surdos, a Surdolimpíadas, é um dos eventos mais antigos no calendário esportivo mundial. A primeira edição ocorreu em 1924, em Paris, França. Desde então, já foram realizadas 23 edições das olimpíadas que reúnem atletas surdos de todo o mundo. A 24ª edição das Surdolimpíadas de Verão (Summer Deaflympics) tem como sede a cidade gaúcha de Caxias do Sul, no Brasil. O atletismo começou no fim de semana (7 e 8/5) e prossegue até o dia 15, na pista do SESI. 

Marcos Paulo Garcia de Andrade, presidente da Federação de Atletismo do Estado do Rio Grande do Sul, é o diretor de competição do atletismo. Conta que dentre as diferenças na disputa estão a comunicação usada por números no telão para a chamada dos atletas e a largada feita por luzes em caixas nos blocos de partida ou nas laterais da pista.

É a primeira vez que a Surdolimpíada é na América Latina. A competição estava prevista para ocorrer em 2021, mas foi adiada por causa da pandemia da Covid-19. Os Jogos começaram no dia 1 de maio, com a participação de mais de cinco mil pessoas, que representam 77 países na disputa de 20 modalidades no masculino e 18 no feminino.

Nino é o nome de batismo do mascote, um quati de causa anelada que vive nas florestas da América do Sul e tem alta capacidade de adaptação.

A organização é do Comitê Internacional de Esportes para Surdos (ICSD). No Brasil, a Confederação Brasileira de Desportos de Surdos (CBDS) responde pelo setor. Na cerimônia de abertura estiveram presentes a primeira-dama Michelle Bolsonaro, o ministro da Cidadania Ronaldo Bento, e o secretário nacional do Paradesporto da Secretaria Especial do Esporte do Ministério da Cidadania Agtônio Guedes, representando o Governo Federal. 

Na última edição o evento foi na Turquia e o Brasil conquistou 5 medalhas, com destaque para o nadador Guilherme Maia Kabbach, com ouro nos 200 m e bronze nos 100 m, livre. No quadro geral de medalhas, o Brasil ficou com a 28ª colocação.

Na abertura do atletismo no sábado (7/5) a mexicana Lourdes Ponde Juárez ganhou a primeira medalha em disputa, nos 10.000 m (38:06.59), seguida pelas quenianas Serah Kimani (38:26.41) e Grancy Kandagor (38:38.93).

No segundo dia de competições, no último domingo (8/5), saíram as campeãs dos 100 m (foto). A prova teve vitória da francesa Pamera Losange, com 11.81 (-0,2 m/s), seguida pela atleta de Cuba Suslaidy Girat Rivero (12.29) e de Taipé Le Hsu (12.31). 

O Governo Federal investiu R$ 800 mil na realização da Surdolimpíada Nacional de São José dos Campos (SP). Outros R$ 400 mil vieram de emendas parlamentares. A competição serviu de seletiva para montar a delegação que está em Caxias do Sul. O Governo Federal também é parceiro das Surdolimpíadas de Caxias do Sul com o Jogo Limpo. A Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD) indicou oficiais de controle de dopagem, disponibilizou 250 kits para testes antidopagem e forneceu insumos para a realização das coletas de amostra.

O site oficial dos Jogos traz programação e resultados: https://www.deaflympics2021.com/pt/

A NewOn é patrocinadora do atletismo brasileiro para a saúde integral dos atletas e apoio às competições.

As Loterias Caixa são a patrocinadora máster do atletismo brasileiro.

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