Bragança Paulista - O bicampeão olímpico Adhemar Ferreira da Silva está entre as cinco personalidades negras da cidade de São Paulo e ser eternizada em uma escultura. A obra foi inaugurada no domingo (15/5) e fica na altura do número 1.000 da Avenida Braz Leme, em Santana, na Zona Norte de São Paulo - Adhemar viveu no bairro da Casa Verde.
A obra é uma das cinco esculturas contratadas pela Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo, por meio do seu Departamento do Patrimônio Histórico, que homenageia personalidades negras, e faz parte de um projeto para trazer diversidade para o acervo cultural municipal. A escultura é uma criação de Alex Hornest, segundo informou a Prefeitura de São Paulo, e retrata Adhemar com os dois braços para cima, em uma releitura de uma das suas posições do salto.
Adhemar Ferreira da Silva iniciou sua carreira em 1947 competindo pelo São Paulo Futebol Clube. Bicampeão olímpico (Helsinque-1952 e Melbourne-1956), Adhemar superou cinco vezes o recorde mundial no salto triplo. Foi também pentacampeão sul-americano e tricampeão pan-americano (1951,1955 e 1959) e 10 vezes campeão brasileiro, tendo mais de 40 títulos e troféus internacionais.
Fora das pistas, Adhemar Ferreira da Silva formou-se escultor pela Escola Técnica Federal de São Paulo em 1948, em Educação Física na Escola do Exército, em Direito na Universidade do Brasil e em Relações Públicas na Faculdade de Comunicação Social Cásper Líbero. Poliglota, foi Adido Cultural na Embaixada Brasileira em Lagos, Nigéria, entre 1964 e 1967.
Foi ator na peça Orfeu da Conceição (1956), de Vinicius de Moraes e no filme francoitaliano Orfeu do Carnaval (1962), que venceu o Oscar de melhor filme estrangeiro. Em 1993 recebeu o título de Herói de Helsinque, junto com o corredor Emil Zatopek. No ano 2000 foi agraciado pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB) com o Mérito Olímpico e em 2012 imortalizado no Hall da Fama do atletismo.
Adhemar Ferreira da Silva é o único brasileiro no salão da World Athletics de quem recebeu também, a Placa de Patrimônio Mundial do Atletismo (World Athletics Heritage Plaque), colocada no Centro Esportivo Tietê, em São Paulo, no dia 29 de setembro de 2021, data do aniversário de Adhemar - completaria 94 anos. No local, Adhemar obteve o primeiro recorde mundial no salto triplo em 3 de dezembro de 1950, com 16,00 m (igualando a marca do japonês Naoto Tajima, de 1933).
O presidente do Conselho de Administração da Confederação Brasileira de Atletismo participou do evento de inauguração da escultura, juntamente com a Secretária Municipal de Cultura, Aline Torres, Adyel Silva, filha de Adhemar, e Diego Menasse, neto.
Como representante do atletismo nacional no evento de inauguração da escultura Wlamir destacou que mais do que um grande atleta Adhemar foi um exemplo como homem e cidadão. "Adhemar foi uma referência. Um grande atleta, bicampeão olímpico, fez cinco faculdades, falava nove idiomas, foi adido cultural, ator, era músico, um gentleman, elegante, um homem de uma versatilidade incrível. A importância dele é tão gigante que a maior honraria que um atleta brasileiro pode receber é o Troféu Adhemar Ferreira da Silva, dado pelo Comitê Olímpico do Brasil as maiores personalidades do esporte nacional", disse Wlamir.
Adhemar é reverenciado pelo "conjunto da obra", por tudo o que representou, acentuou Wlamir. "Um cara que levou o nome do Brasil no mundo no mais alto nível e que criou a volta olímpica nos Jogos de Helsinque, quando, por um ato de generosidade, deu a volta no estádio batendo palma das torcidas. Uma forma de agradecer a torcida finlandesa na sua medalha de ouro."
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