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Conquista de Erik Cardoso nos 100 m tem grande repercussão

29.07.2023  |    212 visualizações

O velocista que foi o primeiro brasileiro a correr a distância abaixo dos 10 segundos não parou de receber parabéns por onde passava; disse que ficou 'elétrico' e quer dois dias de folga para depois retomar a preparação para o Mundial

São Paulo - A façanha do velocista Erik Cardoso, de 23 anos, ao quebrar o recorde brasileiro dos 100 m que era de Robson Caetano (10.00) e tinha 35 anos e ainda de romper a barreira dos 10 segundos - fez 9.97 (0.8) - ainda repercutiu neste sábado (29/7), no Campeonato Sul-Americano Adulto de Atletismo, em São Paulo. Foi a corrida mais rápida já realizada no Brasil e as pessoas sabem que presenciaram esse registro histórico. Erik voltou a pista para correr no revezamento 4x100 m do Brasil que levou a medalha de ouro em 38.70.

Erik correu na terceira perna do revezamento, aberto por Paulo André Camilo de Oliveira, seguido por Felipe Bardi e fechado por Rodrigo Nascimento. O Paraguai foi o segundo colocado (39.25), seguido pela Venezuela (39.55).

Erik recebe os parabéns por onde passa - no hotel, na van até a pista, no Estádio do Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa, do público, dos demais atletas colegas da seleção brasileira e estrangeiros e integrantes da comunidade do atletismo. Não é para menos participou de uma prova histórica, com três atletas correndo abaixo dos 10 segundos.

Na mesma corrida, Asinga Issamade, do Suriname, de 18 anos, venceu os 100 m com 9.89, recorde sul-americano (também era de Robson Caetano) e mundial sub-20 da distância. Erik tornou-se o primeiro brasileiro a fazer abaixo dos 10 segundos na história. O colombiano Ronal Longa Mosquero ficou em terceiro lugar, com 9.99, seguido de Paulo André Camilo de Oliveira, quarto colocado, com 10.03.

"Uma prova espetacular, o garoto faz 9.89, o colombiano faz 9.99, o Paulo André correu muito bem também. É sempre uma honra correr com atletas muito bons e com certeza o nível da competição, os atletas que estão do lado - embora eu sempre procure estar focado na minha raia e na minha corrida - contam muito", relembrou Erik. 

Erik disse que dormiu "apesar de ficar elétrico" após a prova. "Eu tinha o revezamento, precisava descansar", comentou. Destacou apenas a emoção de conversar com a família, pai, mãe, irmã e avós que estão em Piracicaba, interior de São Paulo, após a prova. "Quero descansar dois dias e já embalar na preparação final para o Mundial", comentou o velocista que também telefonou para Vitor, filho do treinador Darci Ferreira que se recupera de cirurgia.

"Eu fiquei até de madrugada recebendo os parabéns", disse Darci. "Foi bom para o Erik, para o nosso trabalho e para o atletismo do Brasil que merece evoluir no cenário mundial. Você só pode conquistar no que acredita e o Erik é um menino que manda energias boas para todo mundo", completou Darci.

Paulo André disse que está feliz com a volta para a seleção e com a perspectiva que o revezamento 4x100 m do Brasil tem para o Mundial e a Olimpíada. A nova formação experimentada pela treinador Victor Fernandes agradou. "Ainda temos de melhorar as passagens, mas a mudança que ele fez comigo abrindo e a ordem seguinte também, com Felipe Bardi, Erik e Rodrigo foi de acordo com os perfis e as marcas de cada um. Acho que vamos fazer o melhor", disse PA, como ficou conhecido o vice-campeão do BBB-2022.

O revezamento 4x100 m feminino também foi campeão sul-americano - Ana Azevedo, Vitória Rosa, Bárbara Leôncio e Rosângela Santos levaram o ouro em 43.47, com Colômbia em segundo (44.18) e Chile em terceiro (44.40). "Foi bom, mas a gente queria a marca para classificar o Brasil para o Mundial. Tivemos de fazer um ajuste por causa da Lorraine, mas estou voltando ao revezamento após lesão e estou emocionada. Hoje temos oito meninas e chance de chegar a Olimpíada", disse Rosângela.

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