Santiago – O catarinense Darlan Romani conquistou nesta sexta-feira (3/11) o bicampeonato dos Jogos Pan-Americanos no arremesso do peso. O brasileiro obteve a marca de 21,36 m, em sua quinta tentativa, mesmo sem ter treinado especificamente para a competição, já que se prepara para os Jogos Olímpicos de Paris-2024, seu grande objetivo. Darlan é campeão mundial indoor do arremesso do peso, título obtido no ano passado em Belgrado, na Sérvia.

"Os 21,36 m foi um resultado bom. Claro que queria uma marca melhor, mas estou no caminho certo", disse Darlan, de 32 anos, que foi campeão de Lima-2019, com 22.07 m. "Temos de entender que a meta está mais à frente. Temos de comemorar agora a medalha, o bicampeonato."

Recordista do Pan, com 22,07 m, e sul-americano, com 22,61 m, Darlan lembrou que já está na temporada de 2024. “O ano que vem já começou. Por isso, estou saindo daqui muito feliz e motivado para manter o ritmo dos treinamentos”, afirmou o atleta, que é do Praia Clube-MG, orientado pelo especialista cubano Justo Navarro, em Bragança Paulista (SP). “Agora é focar 300% para Paris.”

O mexicano Uziel Aaron Muñoz fiou com a medalha de prata, com 21,15 m, seguido do norte-americano Jordan Geist, com 20,53 m. Já Welington Silva Morais, o Maranhão (Pinheiros-SP), terminou na quinta colocação, com 20,26 m.

Quem comemorou o ouro também, mesmo com atraso, foi Marlene Ewellyn Santos (Orcampi-SP) nos 400 m com barreiras. Ela foi segunda colocada na prova, com 57.18, mas a campeã, a panamenha Gianna Woodruff, acabou desqualificada por empurrar uma barreira em vez de transpô-la. “Estava muito feliz com a prata e agora mais ainda com o ouro. Trabalhei muito forte com a ajuda do meu treinador (Evandro Lazari)”. Chayenne Pereira (Pinheiros-SP) sofreu uma contusão e não completou a prova.

Na prova masculina dos 400 m com barreiras, Matheus Lima dos Santos (Pinheiros-SP) conquistou a medalha de prata, com 49.19. "Tenho muito a agradecer ao meu técnico Sanderlei Parrela, que não está aqui, mas foi fundamental em minha preparação em Bragança Paulista”, comentou. “Bati na penúltima barreira, mas me recuperei." O campeão foi o favorito jamaicano Jaheel Hyde, com 49.19. Márcio Teles (Orcampi-SP) completou a prova em sétimo lugar, com 50.80.

Outra medalha de prata foi conquistada por Almir dos Santos, o Almir Júnior, no salto triplo. O atleta da Sogipa-RS saltou 16,92 m e ficou entre dois cubanos, medalhistas no Mundial de Budapeste, na Hungria, em agosto. O campeão foi Lázaro Martínez, com 17,19 m, enquanto Cristian Nápoles terminou em terceiro lugar, com 16,66 m.

"A prova foi bem forte, digna de um Pan-Americano. O resultado mostrou que estou no caminho certo para Paris-2024", disse o atleta mato-grossense, que enfrentou uma forte gripe nos últimos dias. "Foi uma briga mental, de ter de parar no aquecimento para poder respirar. Estou me revezando em Porto Alegre e Portugal e hoje senti que o trabalho foi recompensado." 

No salto em altura masculino e no lançamento de dardo feminino, o Brasil ficou fora do pódio. Fernando Ferreira (IEMA-SP) terminou em quinto lugar, com 2,21 m, enquanto Thiago Moura (AAPD-PE) ficou em nono, com 2,18 m. No dardo, Jucilene Lima obteve a quinta colocação, com 59,04 m.

Nas semifinais dos 800 m, a gaúcha Jaqueline Beatriz Weber (Praia Clube/Exército/Futel-MG) passou para a final dos 800 m, marcada para este sábado, às 19 horas, ao ficar na segunda colocação na primeira série semifinal, com 2:04.12. A cubana Rose Mary Almanza foi a vencedora da série, com 2:02.87.

Nos 10.000 m, Daniel Ferreira do Nascimento (Associação Noroeste Runners-RS) ficou fora da final por chegado ao estádio atrasado. Como todos na delegação do atletismo (75 atletas) foi orientado sobre o transporte, mas não pegou o ônibus da Vila Pan-Americana para o Estádio Nacional em nenhum dos horários devidos.

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