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Meu Troféu Brasil inesquecível: mulheres medalhistas lembram conquistas em um ano olímpico

17.06.2024  |    404 visualizações

Maurren Maggi e Rosângela Santos recordam do Troféu antes da Olimpíada de Pequim-2008, enquanto Lucimar Moura e Rosemar Coelho Neto destacam a importância da competição antes do Jogos; torneio será disputado de 27 a 30 de junho, em São Paulo

São Paulo - É uma unanimidade entre os atletas: o Troféu Brasil de atletismo, maior competição interclubes da América Latina, é uma disputa especial. É o termômetro de resultados de uma temporada, ainda mais quando se trata de um ano olímpico. A edição de 2024, entre os dias 27 a 30 de junho, no Centro de Treinamento Paralímpico Brasileiro, será a última oportunidade de obtenção de índices olímpicos e de pontos para o Ranking Mundial até os Jogos de Paris.

As medalhistas olímpicas Maurren Maggi, Rosângela Santos, Lucimar Moura e Rosemar Coelho Neto, que fazem parte do Programa Ídolos Loterias Caixa do Atletismo, relembraram suas carreiras e falaram sobre um Troféu Brasil inesquecível.

Ouro no salto em distância em Pequim-2008, Maurren Maggi conta que seu Troféu Brasil inesquecível foi justamente o que antecedeu sua conquista olímpica. "O Troféu Brasil da minha vida foi o de 2008, quando eu saltei 6.99 m, que é o recorde do campeonato". A marca conquistada na pista do Estádio Ícaro de Castro Mello, em 29 de junho, era a segunda melhor do mundo. Menos de dois meses depois, Maurren se tornaria a primeira campeã olímpica do atletismo brasileiro, com o resultado de 7.04 m.

Enquanto Maurren pavimentava o caminho para o ouro olímpico, o mesmo Troféu Brasil disputado em São Paulo, no Ibirapuera, abria as portas para outra conquista igualmente importante, e para uma jovem velocista.

Rosângela Santos, com apenas 17 anos, venceu a prova dos 100 metros e garantiu a vaga para os Jogos Olímpicos de Pequim. Assim como Maurren, a velocista carioca também se tornaria medalhista olímpica, ainda que a confirmação do bronze só tenha vindo em 2016, após a desclassificação da Rússia por doping.

"Olha, o Troféu de 2008, com certeza, é inesquecível na minha vida. Eu venci os 100 metros rasos e o título me garantiu na Olimpíada. Foi uma emoção muito grande, principalmente porque, na época, eu era uma atleta sub-20. Venci as maiores, como a Lucimar, a Rosemar. Foi uma surpresa, porque eu não esperava, mas ao mesmo tempo uma felicidade grande também."

Lucimar Moura e Rosemar Coelho Neto eram as principais velocistas do Brasil em 2008 – junto com Thaissa Presti, formaram o time titular que correu o 4x100 m em Pequim.

"O Troféu é a maior competição que nós temos e, em ano olímpico, é ainda mais importante, porque é onde vai definir a equipe. Lembro que, em 2004, antes da Olimpíada de Atenas, acabou o Troféu e eu já peguei a minha mala", contou Rosemar. "O Troféu mexe com a gente, cria uma ansiedade gostosa, ainda mais em ano olímpico. Você tem que estar bem para desenvolver a corrida, o salto, o lançamento, o arremesso, tudo para conquistar o grande sonho de chegar aos Jogos Olímpicos", concordou Lucimar.

Melhor temporada da vida e a superação de um braço quebrado

O Troféu Brasil de 1999 foi disputado no Rio de Janeiro e marcou uma temporada incrível de Lucimar Moura, então atleta do Vasco da Gama, que se tornaria recordista sul-americana dos 100 m e dos 200 m. "Fui campeã dos 100 m e dos 200 m rasos (bateu o recorde continental no Troféu), fui eleita o melhor índice técnico da competição. Consegui o índice para o Mundial de Sevilha... em 1999 estive na melhor fase da minha carreira, e tudo começou naquele Troféu Brasil de 1999, no Célio de Barros."

Para Rosemar, o Troféu Brasil de 2006 foi de pura superação. "Eu tinha sofrido um acidente na pré-temporada e fraturei o braço. Fiz todo o treinamento de base com gesso, no braço todinho, e achei que ia ser um ano perdido. Mas, naquele Troféu Brasil, eu ganhei os 100 m, os 200 m, o 4x100 m e o 4x400 m. Passei por muita dificuldade, mas venci quatro provas e saí com quatro medalhas de ouro".

O 43º Troféu Brasil Loterias Caixa Interclubes de Atletismo será realizado pela primeira vez no Centro de Treinamento Paralímpico Brasileiro, localizado na Rodovia dos Imigrantes km 11,5, na Vila Guarani, em São Paulo. O evento terá a transmissão ao vivo dos quatro dias de disputas, com duas etapas por dia, pela manhã e a tarde, no YouTube do Time Brasil e no Canal Olímpico.

A Prevent Senior NewOn é patrocinadora do atletismo brasileiro oferecendo medicina esportiva de precisão e estilo de vida para os que se ligam no esporte e apoio às competições.

As Loterias Caixa são a patrocinadora máster do atletismo brasileiro.

Assessoria de Comunicação: Heleni Felippe (helenifelippe@cbat.org.br) e Maiara Dias Batista (maiara@cbat.org.br).

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