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Darlan Romani termina em quarto lugar no arremesso do peso

04.08.2021  |    119 visualizações

O atleta catarinense enfrentou muitas dificuldades em sua preparação para os Jogos Olímpicos de Tóquio e mesmo assim ficou perto do pódio. Ele passou por uma cirurgia de hérnia de disco, pegou COVID e não teve o apoio de seu treinador que não conseguiu voltar de Cuba

Bragança Paulista – O catarinense Darlan Romani ficou perto do pódio no arremesso do peso dos Jogos Olímpicos de Tóquio, na madrugada desta quinta-feira (5/8), no horário de Brasília, no Estádio Olímpico de Tóquio. Ele terminou em quarto lugar, com a marca de 21,88 m, alcançada em sua primeira tentativa.

Quinto colocado nos Jogos do Rio-2016, Darlan passou por muitas dificuldades nesta temporada. Sofreu com uma hérnia de disco, que exigiu uma cirurgia em fevereiro, foi contaminado pelo coranavírus e ficou longe de seu treinador, o especialista Justo Navarro, que foi para Cuba em dezembro e não conseguiu retornar ao Brasil por causa da pandemia. "Todo mundo fez de tudo, o Comitê Olímpico do Brasil e a Confederação Brasileira de Atletismo fizeram de tudo para trazer o meu treinador. A gente fala disso todo dia", comentou.

O norte-americano Ryan Crouser, recordista mundial, conquistou o bicampeonato olímpico, com 23,30 m. Joe Kovacs, também dos Estados Unidos, ficou com a medalha de prata, com 22,65 m, seguido do neozelandês Tomas Walsh, com 22,47 m.

O brasileiro, recordista sul-americano com 22,61 m, que ficou também em quarto lugar no Campeonato Mundial de Doha-2019, saiu muito abatido da competição. “A história se repete... 2019, Olimpíada... Os meninos estão de parabéns, o Crouser voltou a arremessar mais de 23 m, o Kovacs e o Walsh mais de 22 m. Os caras são bons. Eu acredito que poderia ter arremessado mais, ainda estou com cabeça quente, tenho de parar para analisar. Estou com a cabeça a milhão, mas quero agradecer a torcida”, disse Darlan.

O atleta nascido em Concórdia teve dificuldades até para falar. “A pandemia complicou tudo, né? Em março do ano passado a gente vinha treinando muito forte, entrou a pandemia, teve a cirurgia, a COVID, enfim... É difícil falar”, comentou quase chorando. “Não tenho o que falar, só quero agradecer a torcida de todos. O Brasil pode ter certeza que mais uma vez sou quarto, mas não quero isso mais para a minha vida. Daqui a três anos tem a próxima Olimpíada e tenham certeza que se eu dava 200% agora tenho de dar 300% para subir ao pódio.”

Nas outras provas do dia, o Brasil, campeão mundial de revezamento de 2019, em Yokohama, no Japão, não avançou à final olímpica do 4x100 m masculino. A equipe formada por Rodrigo Nascimento, Felipe Bardi dos Santos, Derick Souza e Paulo André Camilo de Oliveira ficou em quinto lugar na primeira série semifinal, com 38.34, o melhor tempo alcançado pelo quarteto em 2021. Com o resultado, ficou em 12º lugar na classificação geral. O melhor tempo da etapa foi obtido pela Jamaica, com 37.82.

“Corremos mal. O nosso desempenho não foi o melhor. As passagens foram normais, mas não tivemos o desempenho adequado. Mas a gente sai de cabeça erguida porque sabemos que a pandemia afetou bastante a nossa preparação. Pelos resultados, os europeus parecem não terem sido tão afetados. Nós tivemos oportunidades, mas hoje foi isso infelizmente”, comentou Rodrigo Nascimento, que abriu a prova para o Brasil.

Paulo André, o melhor velocista do País, concorda com Rodrigo. “A verdade é que o revezamento é composto de muitas coisas, não só da passagem de bastão - a nossa é excelente -, mas erramos mesmo foi na perna. Não tivemos perna para correr uma boa marca. Agora é sair de cabeça erguida para continuar a trabalhar pelo nosso melhor e voltar ao que a gente fez em Doha”, disse, referindo-se ao recorde sul-americano de 37.72.

No revezamento 4x100 m feminino, a equipe brasileira, formada por Bruna Farias, Ana Claudia Lemos, Vitoria Rosa e Rosangela Santos, também terminou em quinto lugar na série 2, com o tempo de 43.15, a melhor marca da temporada. Com isso, o grupo terminou na 11ª colocação no geral e também não passou para as finais.

“Foi uma prova forte, fizemos as passagens, não pisamos na linha, foi o melhor da temporada, mas faltaram competições para dar ritmo. Demos o melhor para ir à final, mas não deu”, comentou Rosangela Santos, recordista sul-americana dos 100 m, com 10.91. “O Brasil foi muito afetado pela pandemia, tivemos de adaptar muito o treinamento, tivemos de parar, mas demos o nosso máximo, treinamos o que foi possível. mas infelizmente a final não veio. O investimento tem de continuar.”

Ana Claudia concorda com Rosangela. “O objetivo é sempre fazer o melhor. Corremos 43.15. A última vez que corremos na casa dos 42s foi no Mundial de Londres-2017, mas temos consciência de que precisamos melhorar individualmente nos 100 m e 200 m. Conseguimos fazer uma marca que o Brasil não vinha fazendo nos últimos três anos, mas tem de buscar resultados melhores, crescer e continuar o trabalho que não pode parar”, analisou.

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