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Campeão pan-americano volta às competições na Taça Brasil Máster Loterias Caixa

06.11.2022  |    141 visualizações

Medalha de ouro nos 10.000 m e de prata nos 5.000 m em Winnipeg, Canadá, o sul-mato-grossense Elenilson da Silva ganhou três medalhas de bronze em Bragança Paulista e comemora o fato de retornar depois de 21 anos

Bragança Paulista - Elenilson da Silva, medalha de ouro nos 10.000 m e de prata dos 5.000 m nos Jogos Pan-Americanos de Winnipeg-1999, no Canadá, foi uma das atrações deste domingo da Taça Brasil Máster Loterias Caixa de Atletismo, no Centro Nacional de Desenvolvimento do Atletismo, em Bragança Paulista (SP).

Após 21 anos sem competir, ele participou dos 800 m, 1.500 m e 5.000 m, representando a equipe da APE Ponta Porã, cidade vizinha Bela Vista, onde vive e nasceu, no Mato Grosso do Sul. “Estou feliz por voltar. Eu amo o atletismo e não pretendo parar tão cedo”, disse o atleta de 50 anos, que pretende disputar em março a Copa Mercosul na Argentina. “Vou fazer uma boa base para melhorar o condicionamento físico.”

Nos 21 anos afastado, Elenilson manteve uma rotina de treinamento tranquila, quatro vezes por semana, mas com outras atividades. Formado em massoterapia, ele abriu uma clínica e atende pessoas de toda a região de Bela Vista. “Muitos ficaram com sequela da COVID e precisam de muita atenção”, comentou o corredor, que foi seis vezes campeão brasileiro, campeão sul-americano, campeão pan-americano e terceiro no Mundial de Maratona em Revezamento de 1992, em Manaus (AM), ao lado de Tomix Alves da Costa, Ronaldo da Costa, Daniel Lopes Ferreira, Leonardo Vieira Guedes e Sérgio Gonçalves da Silva.

Em Bragança Paulista, ganhou as medalhas de bronze nos 800 m (2:26.89), nos 5.000 m (18:22.16) e nos 1.500 m (5:00.41) no 50+. “A minha preparação foi prejudicada porque em agosto fui atacado por três cachorros na minha cidade. Um rottweiler conseguiu pegar minha canela e fez um buraco. Tive de ficar mais de um mês sem treinar”, contou o atleta.

Já Zilda Salvani Spoladore, uma novata no atletismo, venceu as provas dos 100 m (14.33) e dos 200 m (29.14) na categoria 50+. Esta foi apenas a terceira competição da atleta no Máster. Ela resolveu praticar esporte de tanto acompanhar a filha Lorena Spoladore em eventos. Aos 26 anos, Lorena é uma atleta paraolímpica, que tem duas medalhas nos Jogos do Rio-2016: prata no revezamento 4x100 m T11 e T13 e bronze no salto em distância (T11). Ela tem medalhas também em Mundial e treina com Katsuhico Nakaya no Núcleo de Alto Rendimento (NAR), em São Paulo. “Estou curtindo acompanhar a minha mãe”, disse a atleta, que nasceu em Maringá (PR) e começou no esporte em Goiânia (GO), onde foi tratar de um problema de visão, mas acabou ficando cega do olho direito.

“Desde os 10 anos, Lorena pratica atletismo. Então vivo há muito tempo no meio. No ano passado, decidi treinar em Goiânia. Competi no ano passado na I Taça Brasil e estou animada com os resultados”, comentou a atleta de 53 anos.

Conceição Geremias (Acecamp), atleta olímpica em Moscou-1980, Los Angeles-1984 e Seul-1988, conquistou neste domingo (6/11) a sua terceira medalha de ouro na categoria 65+. Depois de vencer o salto em altura e o arremesso do peso, ela ganhou o lançamento do dardo, com 24,09 m. "No ano que vem, sem a contusão no pé e com mais treinos, pretendo obter resultados melhores", comentou a campeã do heptatlo dos Jogos Pan-Americanos de Caracas-1983.

Ex-atleta de 100 m e 80 m com barreiras, Shirley Baptista trabalha como árbitra há 40 anos. Neste domingo, aos 79 anos, ela voltou a competir e ganhou a categoria 75+ do lançamento do martelo, com 19,65 m. "Desde 1962, sempre me dediquei às provas de velocidade, só depois de veterana passei a fazer competições de campo", disse Shirley, que teve de parar por minutos a sua atuação na arbitragem para fazer os lançamento.

O paulista José Odorico Rolim (ANASP), de 78 anos, deixou a competição com três medalhas de ouro na categoria 75+: martelo (29,98 m), martelete (11,84 m) e dardo (21,93).

Nadador desde os 14 anos, ele passou a fazer biatlo e triatlo. Em 1992, começou na marcha atlética, especialidade em que foi campeão brasileiro, sul-americano e mundial máster. Há 15 anos, ele sofreu três AVCs – num espaço curto de tempo - e foi orientado a não fazer mais provas de esforço contínuo. “Foi aí que optei pelos lançamentos. Adoro treinar e competir. Gosto muito de vencer e principalmente da confraternização entre os atletas”, comentou Rolim.

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A Prevent Senior NewOn é patrocinadora do atletismo brasileiro oferecendo medicina esportiva de precisão e estilo de vida para os que se ligam no esporte e apoio às competições.

As Loterias Caixa são a patrocinadora máster do atletismo brasileiro.

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