São Paulo - Almir Cunha dos Santos, Almir Júnior como é conhecido, registrou a marca de 17,24 m (0.6) no salto triplo, recorde do Campeonato Sul-Americano e índice para o Mundial de Budapeste, Hungria, de 19 a 27 de agosto, e para os Jogos Olímpicos de Paris-2024. E comemorou muito o seu feito, na pista do Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa, em São Paulo.
Finalizado o Sul-Americano neste domingo (30/7), o atletismo do Brasil aumentou a sua delegação na Olimpíada de Paris-2024 com Almir e também as qualificações de Erik Cardoso nos 100 m - fez 9.97 (0.8), o primeiro brasileiro a marcar um sub-10 segundos, tempo do índice (10:00) - e de Lucas Carvalho que correu os 400 m em 44.79 (a marca exigida é 45:00).
"Fiquei extremamente feliz por carimbar já o passaporte para a minha segunda Olimpíada, em Paris, tirei um peso das costas", disse Almir, medalha de prata no Mundial Indoor de Birmingham-2018 (17,41 m) e que tem como melhor marca pessoal na prova os 17,53 m, também de 2018, conseguido em Baie Mahault, possessão francesa no Caribe.
A marca mínima exigida pela World Athletics para o Mundial de Budapeste no salto triplo é de 17,20 m e para a Olimpíada de 17,22 m. Almir trocou a técnica de salto há menos de um ano - invertendo as pernas (esquerda-direita-esquerda), o que não é um ajuste fácil. E tinha incertezas sobre o sucesso da mudança e também ir treinar em Portugal. "Era uma decisão difícil, mas toda essa mudança de vida, de estar na Europa, viajando, deixar a família, recomeçar mais uma vez saltando com a outra perna. O objetivo era o futuro, era Paris e estamos no caminho certo. Acho que gosto de recomeços", disse Almir, atleta da Sogipa (RS), de 29 anos.
Almir descreveu os seus sentimentos pela obtenção do índice como de alegria e dever cumprido. "Há muito tempo eu não tinha uma performance no espaço que eu gostaria. Na final da Liga Diamante do ano passado saltei acima de 17 metros de novo, mas eu queria manter e, talvez, em função da troca de perna, eu não conseguisse. Agora tenho tranquilidade para trabalhar e não ter preocupação mais em qualificar. É escolher as competições no lugar certo, no momento certo, batendo de frente com os melhores do mundo para seguir crescendo e chegar lá e brigar por resultados para o Brasil, que tem uma tradição incrível no salto triplo. Espero de coração um dia poder entrar nessa história que tem grandes nomes", comentou Almir.
O Brasil tem nada menos do que seis medalhas olímpicas no salto triplo na sua história, duas de ouro com Adhemar Ferreira da Silva, e também com Nelson Prudêncio e João Carlos de Oliveira, o João do Pulo.
Sobre o recorde sair no Sul-Americano disse que tinha dúvidas e que até, em certa medida, a marca surpreendeu. Explicou que vinha de uma semana complicada pelas viagens - após o Troféu Brasil, em Cuiabá, foi para Lisboa e voltou para o Brasil para participar do Sul-Americano. "Era muito importante na corrida por pontos, resolvemos competir e as coisas acabaram fluindo."
O tricampeão do Troféu Brasil tem sofrido com lesões este ano e não pôde participar das edições de Doha e de Florença, etapas da Liga Diamante. Recuperado venceu o Troféu Brasil e o Sul-Americano. Agora, volta para o Centro de Treinamento de Jamor, em Lisboa, nesta semana, e retoma a preparação com o técnico português José Uva.
A Prevent Senior NewOn é patrocinadora do atletismo brasileiro oferecendo medicina esportiva de precisão e estilo de vida para os que se ligam no esporte e apoio às competições.
As Loterias Caixa são a patrocinadora máster do atletismo brasileiro.
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Os atletas também foram os campeões pan-americanos dos 42,195 km, prova realizada simultaneamente, ela com a marca de 2:40:56 e ele com o tempo de 2:15:58; a corrida reuniu mais de 24 mil atletas pelas ruas de São Paulo neste domingo (27/7)
A delegação, formada por dez atletas, fechou sua participação em Bochum com o bronze de João Pedro no salto triplo e a presença em duas finais, também nos saltos horizontais; a olimpíada universitária fechou neste domingo (27/7) e reuniu 8.500 atletas, de 150 países em 18 modalidades
Maior campeonato de clubes da América Latina será realizado na pista de excelência do Centro de Treinamento Paralimpico Brasileiro (CTPB), a partir de quinta-feira (31/7) e até domingo (3/8); o CTPB está a apenas 1.500 metros da Estação Jabaquara do Metrô, com fácil acesso via transporte coletivo