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Com time completo pela primeira vez, marcha atlética dá a largada no atletismo em Paris-2024

31.07.2024  |    1.255 visualizações

Brasil terá seis atletas (três homens e três mulheres) nas provas que serão realizadas às 2h30 e às 4h20 (de Brasília) desta quinta-feira, 1º de agosto

O Atletismo Brasil faz sua estreia nos Jogos Olímpicos de Paris-2024 na madrugada desta quinta-feira, às 2h30 (no horário de Brasília), com a disputa dos 20 km da marcha atlética para os homens. A disputa feminina, às 4h20 (no horário de Brasília), será na sequência, às 4h20. A prova acontecerá em um circuito de 1 km, no Trocadéro, cruzando o Rio Sena, e aos pés da Torre Eiffel.

Pela primeira vez, o Brasil terá um time completo na marcha. O país classificou seis atletas – Caio Bonfim (CASO-DF), Matheus Côrrea (AABLU-SC), Max Batista (CASO-DF), Érica Sena (Pinheiros-SP), Gabriela Muniz (CASO-DF) e Viviane Lyra (Praia Clube-Exército-Futel-MG). Também conquistou uma vaga para uma novidade no programa olímpico, o revezamento misto da maratona de marcha atlética, que será disputado por Caio e Viviane.

Gianetti Sena Bonfim, treinadora da marcha atlética na delegação brasileira e responsável pelo treinamento individual de Caio (seu filho), Max e Gabriela, exalta a importância de o Brasil ter conseguido classificar um time completo na marcha. Apenas outros sete países classificaram equipes completas na marcha: Austrália, China, Equador, Espanha, Itália, Japão e México.

"É uma coisa linda. Poucas modalidades colocam o número total de atletas. Isso é muito gratificante. O Brasil não é um país de tradição, em que a marcha atlética não é tão divulgada e popular, e que muitos ainda torcem a cara quando se fala em marcha atlética. Mas estamos com um time forte, de atletas de alto nível, porque são só 48 vagas. E estar entre os 48 melhores atletas do mundo não é para qualquer um", destaca.

Gianetti também avalia que a disputa da marcha, fortíssima, está aberta, com resultados de pódio imprevisíveis. "O nível mundial é muito forte. Para se ter uma ideia, a gente tem, entre esses 48 atletas, os melhores de todos os tempos de seus países na modalidade. Os 10 primeiros do ranking mundial são candidatíssimos. A marcha é uma prova em que não dá para dizer com certeza quem vai sair com medalha."

Caio Bonfim, de 33 anos, é o atleta com mais participações olímpicas na delegação brasileira, junto com Andressa de Morais, do lançamento do disco. Disputa em Paris a quarta Olimpíada (sua melhor posição foi o 4º lugar no Rio-2016) e chega à competição como o terceiro do ranking mundial. O marchador brasiliense conquistou o índice na primeira competição do ano, em março, quando foi bronze no Grande Prêmio Chinês de Taicang, com 1:17:44, melhor marca pessoal e recorde brasileiro.

Viviane Lyra, que completou 31 anos já em Paris, no dia 29 de julho, é estreante em Jogos Olímpicos. A marchadora carioca, 9ª do ranking mundial, qualificou-se para a sua primeira participação olímpica no Mundial de Budapeste, em agosto de 2023, quando fez os 20 km em 1:28.36. Nesta temporada, Viviane já melhorou seu recorde pessoal duas vezes. Primeiro em Podebrady, na Polônia, em abril (1:28.04), e depois em La Coruña, na Espanha, em maio (1:27.13). Uma evolução impressionante para uma atleta que, em 2022, tinha 1:32:31 como melhor marca pessoal.

O Brasil ainda conta com a experiência de Érica Sena, que disputa sua terceira Olimpíada – foi 7ª no Rio-2016. A atleta pernambucana, de 39 anos, conquistou o índice no GP de La Coruña, Espanha, em junho de 2023, com 1:28:53, e ocupa a 14ª posição no ranking mundial. Érica alcançou a qualificação pouco menos de um ano após ser mãe de Kylian, fruto do casamento com o equatoriano Andrés Chocho, seu treinador.

Gabriela Muniz, de 22 anos, e Max Batista, de 29 anos, são estreantes em Jogos Olímpicos. Já Matheus Corrêa, de 25 anos, vai para sua segunda participação (esteve em Tóquio-2020).

Os três se qualificaram para Paris-2024 pelo ranking de pontos da World Athletics – Max teve sua inscrição liberada apenas depois de julgamento de recurso na Corte Arbitral do esporte –, que demanda aos atletas boas participações em provas-chave e a constância de resultados. Todos melhoraram seus recordes pessoais durante o período de qualificação, iniciado em 31 de dezembro de 2022 e encerrado em 30 de junho de 2024.

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