O Brasil terá dois representantes na semifinal dos 400 metros com barreiras. Alison dos Santos, o Piu, e Matheus Lima (ambos do Pinheiros-SP) passaram bem pelas eliminatórias disputadas na manhã desta segunda-feira (5/8) e voltam ao Stade de France na quarta-feira (7/8), às 14h35 (horário de Brasília).
Piu foi o primeiro a entrar na pista, na 3ª série, e passou pela eliminatória com a terceira posição – fez 48.75. Medalha de bronze em Tóquio-2020 (46.72) e campeão mundial em Eugene-2022 (46.29, recorde pessoal, brasileiro e sul-americano), Alison chegou na disputa olímpica como o segundo melhor do mundo na temporada, com a marca de 46.63, obtida na Diamond League de Oslo, em 30 de maio.
Alison, de 24 anos, está aproveitando toda a experiência que não teve em Tóquio, já que, por causa da pandemia de covid-19, subiu ao pódio em um estádio sem público. "A atmosfera está incrível. Quando entrei na pista, geral gritando para a prova, foi lindo. Essa experiência é mágica", afirmou.
Sobre a prova, disse que, na eliminatória, é fazer o necessário para passar, sem gastar muita energia. "A final é o objetivo, mas tem que chegar lá, não se pode descartar eliminatória ou semifinal. Esse round foi mais para sentir a pista, ficar confortável e saber o que posso fazer na próxima corrida". Alison também confirmou que a pista está muito rápida. "Tem que ter cuidado para não atropelar as barreiras."
Sempre descontraído, Alison chegou à Olimpíada com o cabelo tingido de roxo, no mesmo tom da pista do Stade de France. "Prometi que ia pintar hoje e cumpri. Sou um homem de palavra!", brincou.
Na 5ª e última série, Matheus Lima fez o 2º tempo (48.90) e garantiu a passagem de fase em sua estreia olímpica. O cearense de 21 anos também tinha índice para os 400 metros, mas optou pela prova de barreiras.
"Estou muito feliz de estar aqui. É um sonho realizado, mas não totalmente, porque eu quero a final. Por mais que meus adversários estejam em um nível mais forte que eu, vou buscar medalha. Não tenho medo de ninguém", afirmou o atual campeão dos Jogos Pan-Americanos.
A decisão de correr nos 400 m com barreiras foi do "instinto", apoiada pelo treinador Sanderlei Parrela. "Eu e meu treinador passamos meses pensando nisso. Passei dois meses competindo na Europa para tentar definir. Meu instinto dizia que era os 400 m com barreiras. No fim, foi uma decisão minha, e ele confiou."
Matheus disse que, há 10 dias, sentiu a posterior da coxa. "Desde que cheguei aqui, estou sem treinar. Mas ontem recebi uma mensagem da Lili, esposa do meu treinador, para confiar em Deus e que tudo iria dar certo. E fui para cima classificar".
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