O Atletismo Brasil mostrou supremacia na manhã deste domingo (23/2), ao dominar as primeiras posições em várias disputas do Campeonato Sul-Americano Indoor de Atletismo, no Estádio Municipal de Cochabamba, na Bolívia. Somou 9 medalhas (5 de ouro, 3 de prata e 1 de bronze) na terceira etapa da competição. Três jovens brasileiros de 23 anos foram os destaques da jornada: Leonardo Santos, com ouro e recorde do Campeonato nos 800 m, e o campeões do salto triplo Regiclécia Cândido da Silva e Elton Junio dos Santos Petronilho.
A potiguar Regiclecia Cândido da Silva (EC Pinheiros-SP) ganhou a cena na última competição da manhã deste domingo (23/2) ao chorar de emoção diante do seu melhor resultado pessoal no salto triplo: 14,17 m, medalha de ouro, recorde do Campeonato e brasileiro indoor. Regiclécia, 23 anos, começou a praticar atletismo em Cerro Corá, cidade onde nasceu e que fica a 150 km de Natal (RN). Mudou para São Paulo e atualmente treina com Tânia Fernandes de Paula Moura.
Regiclécia superou a marca de 14,11 m que era considerada o recorde brasileiro indoor e pertencia a Keila Costa desde março de 2006, feita em Moscou.
O triplo feminino teve dobradinha brasileira no pódio e a prata foi para Gabrielle dos Santos Sousa (13,47 m), também do Pinheiros que deixa claro neste torneio do Atletismo Brasil que se reforçou para a temporada de clubes. A boliviana Quispe Valeria Fuentes ficou com o bronze (13,17 m).
Leonardo Santos de Jesus (EC Pinheiros-SP), 23 anos, foi o primeiro campeão da etapa, nos 800 m (1.49.94), com recorde do Campeonato - liderou desde o início, fazendo uma bonita corrida. Guilherme Santana Orenhas (Instituto Atletismo de Balneário Camboriú-SC), com 1.51.02, que vinha em segundo, acabou ultrapassado pelo peruano Marco Vilca já na linha de chegada (1.51.01), mas assegurou a medalha de bronze para o Brasil.
Jaqueline Weber foi campeã nos 800 m com a sua melhor marca pessoal (2.10.46). Na pista, a imagem mostrou a vitória da peruana Anita Poma, mas a atleta foi desqualificada por invasão de raia (pisar na linha interna) e o ouro foi para a brasileira. A medalha de prata ficou com a colombiana Maria Rojas (2.11.65) e a de bronze com a boliviana Cecília Gomes (2.13.61).
No salto triplo, o jovem Elton Junio dos Santos Petronilho (EC Pinheiros-SP), de 23 anos, que treina com Kiyoshi Takahashi, foi o campeão sul-americano, com 16,52 m. O Brasil teve dobradinha no pódio com o finalista olímpico Almir Cunha dos Santos (SOGIPA-RS) - que treina com o português José Uva -, com a medalha de prata (16,39 m). A medalha de bronze ficou com Leodan Torrealba (16,05 m).
Thiago Moura (EC Pinheiros-SP), outro destaque da jornada, estava muito bem na prova e disposto a saltar mais alto, depois de ultrapassar 2,22 m e garantir o ouro com a sua melhor marca na recém-iniciada temporada. Mas acabou desistindo de sua tentativa de 2,26 m, ao sentir dor no posterior da coxa direita.
"É uma competição importante, oportunidade para fazermos marcas e pontos para o Ranking Mundial e o objetivo principal do ano que é o Mundial de Atletismo de Tóquio (de 13 a 21 de setembro)", disse Thiago Moura. Confirmou que estava bem e tinha objetivos maiores. "Mas infelizmente depois da dor eu não consegui avançar."
Fernando Ferreira (Instituto Elisângela Maria Adriano-SP) levou a medalha de prata (2,16 m) para o Atletismo Brasil e o argentino Sebastian Daners a de bronze (2,05 m).
Medalhas do Brasil
Ouro
Jaqueline Weber - 800 m (2.10.46)
Leonardo Santos - 800 m (1.49.94)
Thiago Moura - salto em altura (2,22 m)
Elton Junio dos Santos Petronilho - salto triplo (16,52 m)
Regiclecia Cândido da Silva - salto triplo (14,17 m)
Prata
Fernando Ferreira - salto em altura (2,16 m)
Almir Cunha dos Santos - salto triplo (16,39 m)
Gabriele dos Santos Sousa - salto triplo (13,47 m)
Bronze
Guilherme Santana - 800 m (1.51.02)
As Loterias Caixa são a patrocinadora máster do atletismo brasileiro.
Assessoria de Comunicação: Heleni Felippe (helenifelippe@cbat.org.br) e Maiara Dias Batista (maiara@cbat.org.br).
Modalidade está em ascensão no País e evento internacional, daqui a um ano, despertará maior interesse; legado também atingirá a parte técnica e a arbitragem; este artigo fecha a série de reportagens publicadas a partir de 12/4/2025, há um ano do Mundial.
Viviane Lyra, Mayara Vicentainer e Elianay Pereira, algumas das principais marchadoras do País, apostam que a competição vai trazer grande visibilidade e aumentará o interesse da nova geração de atletas brasileiros pela modalidade (veja neste artigo da série que remete ao Mundial de Brasília 2026)
Juntamente com a nadadora olímpica Joanna Maranhão a velocista brasileira, medalha de bronze com o revezamento 4x100 m em Pequim-2028, recebeu a homenagem no encerramento do II Fórum Mulher no Esporte, em cerimônia realizada na Cidade das Artes, no Rio de Janeiro
Marcelo Palma abriu o caminho em Seul-1988, para o País ter uma equipe completa, com seis atletas, e Caio Bonfim chegar à prata em Paris-2024 (veja neste artigo da série que remete ao Mundial de Brasília 2026)