A edição de 2016 do Troféu Brasil Interclubes de Atletismo Loterias Caixa tem um lugar especial nas lembranças das ex-saltadoras Fabiana Murer e Joana Costa. Na competição realizada no Centro de Atletismo Professor Oswaldo Terra, em São Bernardo do Campo (SP), Fabiana estabeleceu o atual recorde brasileiro e sul-americano do salto com vara (4,87 m) e Joana Costa fez seu recorde pessoal (4,50 m), que lhe garantiu índice para a Olimpíada de 2016, no Rio, que seria disputada no mês seguinte. Um Troféu Brasil inesquecível.
Fabiana, bicampeã mundial do salto com vara (indoor em 2010 e outdoor em 2011), tinha 4,85 m como recorde pessoal. No seu último ano como atleta, conseguiu melhorar a marca em dois centímetros – já campeã brasileira, defendendo a equipe BM&F Bovespa, ainda tentou superar os 5 metros. Com o resultado, assumiu a liderança do ranking mundial naquele momento.
"O Troféu Brasil de 2016 foi super especial para mim porque era ano olímpico, então eu queria fazer um bom resultado, queria estar bem para a Olimpíada", lembra Fabiana. "Eu adorava competir no Troféu porque é uma competição por equipe. E ter a família e os amigos assistindo me dava uma motivação ainda maior. Era uma prova tensa pra mim, eu ficava bem nervosa, mas, ao mesmo tempo, ficava muito feliz de competir no Brasil".
Joana afirmou que o Troféu Brasil de 2016 foi "mágico". A ex-saltadora, que agora atua como supervisora técnica da CBAt, já tinha garantido sua participação na Olimpíada do Rio – mas como torcedora (tinha comprado ingressos) e voluntária. Mas, como uma atuação impecável, conquistou a sua primeira classificação olímpica e com o melhor resultado da vida – o anterior, 4,40 m, era de 2007. Além disso, ganhou a medalha de prata, e ajudou seu clube, o Pinheiros, a vencer o Troféu Brasil, encerrando uma hegemonia de 14 anos da BM&F.
"Foi uma das competições mais importantes da minha vida, foi a prova que me classificou para os Jogos Olímpicos, e participar de Jogos Olímpicos sempre foi meu sonho. Parecia que tudo o que eu tinha feito até ali – comecei a treinar aos 12 anos, e eu estava com 35 – foi para aquele momento acontecer", lembra Joana.
"Foi muito especial porque a minha família estava toda lá, e as pessoas brincam que a arquibancada até tremeu quando eu passei (os 4,50 m). Muita gente ficou feliz comigo: treinadores, atletas, até árbitros – que comemoraram e levaram bronca por isso. Foi muito especial."
Fabiana Murer e Joana Costa fazem parte de uma geração fundamental do salto com vara feminino no Brasil. Nascidas no mesmo ano (1981), competiram juntas desde as categorias de base e buscaram conhecimento sobre a prova, incipiente no cenário mundial até a década de 1990 – o primeiro recorde mundial foi reconhecido em 1994, e a prova estreou no Campeonato Mundial de 1999, em Sevilha, e nos Jogos Olímpicos de Sydney, em 2000, com a americana Stacy Dragila como campeã.
As duas brasileiras foram buscar conhecimento sobre a prova no exterior. Fabiana desenvolveu sua técnica com apoio do ucraniano Vitaly Petrov, ex-treinador dos supercampeões Sergey Bubka e Yelena Isinbayeva, e Joana especializou-se com treinadores dos Estados Unidos.
"Eu e a Joana sempre competimos juntas, do juvenil até 2016, meu último ano no atletismo. Isso criou uma competitividade no Brasil. Depois veio a Karla, que também foi recordista brasileira. O Brasil não tinha tradição nenhuma, ninguém nem sabia o que era salto com vara. E, aos poucos, fomos construindo, batendo recordes, mudando essa visão. Nós três estivemos em uma geração que desenvolveu o salto com vara no Brasil, e fomos o pódio do Troféu em 2016", recorda Fabiana Murer.
Karla Rosa, terceira colocada no salto com vara do Troféu Brasil em 2016, também defendia a equipe BM&F Bovespa. Ao concluir sua carreira como atleta, tornou-se técnica e orienta Juliana Campos no Brasil.
Juliana, que saltou 4,73 m no dia 13 de junho e conquistou o índice para o Mundial do Japão, em setembro, voltou a saltar sua melhor marca pessoal - 4,76 m - e novamente acima do índice nesta sexta-feira (18/7), em um meeting em Silandro, na Itália.
Juliana foi "pupila" de Fabiana Murer e Karla na extinta equipe de São Caetano do Sul – vinda da ginástica, começou no atletismo em 2012. Treinou com Elson Miranda de 2015 a 2019, quando passou a treinar com Karla.
A atleta de 28 anos representa o Praia Clube-CEMIG-Exército-Futel no Brasil, tem a Itália como base de treinamento, e já melhorou seu recorde pessoal cinco vezes em 2025: fez 4,63m, 4,66 m, 4,68 m, 4,73m e 4,76 m. É a segunda melhor brasileira de todos os tempos no salto com vara, atrás apenas de Fabiana Murer.
Juliana Campos já tem sete títulos do Troféu Brasil – foi campeã em 2017, 2018, 2019, 2020, 2021, 2022 e 2023 – e será umas atrações da 44ª edição do Troféu Brasil Interclubes de Atletismo Loterias Caixa, que será realizada no Centro de Treinamento Paralímpico Brasileiro (CTPB), em São Paulo, entre os dias 31 de julho a 3 de agosto. Ela disputa a final do salto com vara logo no primeiro dia de competição, a partir das 10 horas.
As Loterias Caixa e a Caixa são as patrocinadoras máster do atletismo brasileiro.
Assessoria de Comunicação: Heleni Felippe (helenifelippe@cbat.org.br) e Maiara Dias Batista (maiara@cbat.org.br).
É necessário o registro dos profissionais de mídia no Sistema de Gerenciamento de Esportes (SGE) da Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) para o credenciamento, com foto, até o dia 22/7, terça-feira; a competição será realizada de 31/7 a 3/8, em São Paulo
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