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Revezamento 4x100 m do Brasil trabalha por vaga olímpica em Paris-2024

24.01.2024  |    410 visualizações

Seis atletas participaram do primeiro grupo convocado para a preparação que visa a buscar a qualificação do Brasil no Mundial de Revezamentos de Nassau, nas Bahamas, em maio - 14 dos times que irão aos Jogos saem da competição

Bragança Paulista - O revezamento 4x100 m do Brasil fez o primeiro Camping de Treinamento com o objetivo de juntar os velocistas e repassar o planejamento visando a qualificação para os Jogos Olímpicos de Paris - o atletismo será disputado de 1 a 8 de agosto. O Mundial de Revezamentos de Nassau, nas Bahamas, em maio, será competição-chave, uma vez que 14 das 16 vagas olímpicas estarão em disputa. Os treinamentos foram realizados no Centro Nacional Loterias Caixa de Desenvolvimento do Atletismo, em Bragança Paulista (SP), por quatro dias (21 a 24/1). 

"A ideia era passar o planejamento para os atletas e treinadores e alinhar os objetivos para que a gente saiba o nosso caminho até Paris", disse Victor Fernandes, coordenador do revezamento 4x100 m, pela Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt). "Fizemos uma reunião com os treinadores no ano passado e o definido foi que os atletas têm de estar em forma para Bahamas e, classificando, os Jogos Olímpicos", acrescentou Victor. 

Participaram do treinamento Erik Cardoso (SESI-SP), Felipe Bardi (SESI-SP), Gabriel Aparecido Garcia (ACA-SC), Renan Gallina (AA Maringá-PR), Rodrigo do Nascimento (Pinheiros-SP) e Vinícius Rocha Moraes (Associação Pés Velozes-SP). Paulo André Camilo de Oliveira (CAES-ES) e Jorge Henrique Vides (Pinheiros-SP) foram convocados também, mas não puderam participar. Os treinadores individuais dos atletas também foram convidados. Darci Ferreira da Silva (SESI-SP) e Sandra Regina Crul (AA Maringá-PR) atuaram no Camping.

O grupo seguirá para um segundo camping, de 25 de março a 1 de maio, na Flórida, nos Estados Unidos. Além do treinamento, os atletas vão competir em pelo menos três vezes com o revezamento 4x100 m e uma em provas individuais. De lá, o grupo viaja para Nassau para o Mundial de Revezamentos sem voltar ao Brasil. 

"Vamos com seis para os Estados Unidos, é importante que todos estejam inseridos no processo. Tivemos o Derick (Silva) muitos anos na posição de terceiro, mas hoje estamos buscando uma peça nova, talvez com o Erik, o Renan, o Vinícius. O Rodrigo, o mais velho e tem o Jorge também... Vamos ter de preparar alguém e sempre dar continuidade ao trabalho."

"Estamos com um time promissor, o Brasil foi bicampeão pan-americano, temos o que melhorar, mas já começamos o trabalho desde janeiro, um trabalho forte, com chuva e sol e com todo o pensamento voltado para o Mundial de Revezamentos de Bahamas e os Jogos de Paris. O Brasil tem de pensar em quebrar o recorde sul-americano, que é de 37.72", disse Felipe Bardi, que juntamente com Erik Cardoso são os dois sub-10 da equipe nos 100 m. Em 2023, Felipe correu 9.96 (1.0) e Erik 9.97 (0.8) e ambos já têm o índice olímpico (10.00). "Queremos chegar na melhor forma possível no Mundial de Bahamas e, na sequência, no Ibero-Americano", reforçou Érik Cardoso.

"Renan Gallina, 19 anos, está feliz pela boa pré-temporada - trabalha para melhorar a saída de bloco em sua prova individual - e também por integrar o revezamento. "Vamos lutar por essa vaga olímpica e para estar numa final", disse Renan, que ainda curte a medalha de ouro com o revezamento 4x100 m ganha nos Jogos Pan-Americanos de Santiago, no Chile. "Estamos terminando esse ciclo, mas já trabalhando para o próximo ciclo olímpico também. O Pan foi de quebrar o gelo, sei que tenho muito a melhorar, mas ao mesmo tempo me deu uma segurança por saber que me encaixo no grupo."

"É um revezamento muito novo, porém muito qualificado. Eu venho de alguns revezamentos e volto a falar que estou fazendo parte do revezamento mais forte do qual eu já participei, tanto individual, quanto no time. O tempo ainda não saiu, mas tenho expectativas altas", disse Rodrigo do Nascimento. "O Mundial de Bahamas vai ser o medidor. Vamos para os Estados Unidos para que a gente consiga se habituar com competições grandes, uma experiência que vai ajudar especialmente aos mais novos", afirmou Rodrigo, que é campeão mundial de revezamentos, título obtido pelo Brasil em Yokohama, no Japão, em 2019. Acrescentou que o apoio da CBAt e do Comitê Olímpico do Brasil (COB) é fundamental. "Vão nos mandar para a Flórida, é um processo em grupo e isso vai ser muito importante."

Vinícius Rocha Moraes, que já estreou no ano com vitória nos 60 m rasos (6.64) no Desafio CBAt Indoor - "o melhor tiro da vida" - treinou com o revezamento. "Fiz a melhor marca da minha vida nos 60 m e isso significa que os meus 100 m também estão bom", comentou. E Gabriel Garcia, que é guia da atleta paralímpica Jerusa Geber, afirma que "gostaria muito de fazer história" e competir na Olimpíada e na Paralimpíada de Paris. "Não é impossível, mas é preciso ter foco. Minha melhor chance seria correr os 100 m abaixo dos 10 segundos. E é sempre bom estar junto, com o revezamento, a gente se encaixando cada vez mais pelo Brasil", disse Gabriel.

A Prevent Senior NewOn é patrocinadora do atletismo brasileiro oferecendo medicina esportiva de precisão e estilo de vida para os que se ligam no esporte e apoio às competições.

As Loterias Caixa são a patrocinadora máster do atletismo brasileiro.

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