São Paulo - Depois de uma edição histórica em Cuiabá (MT), o Troféu Brasil Loterias Caixas Interclubes de Atletismo volta a ser disputado em São Paulo, e em casa nova: a pista do Centro de Treinamento Paralímpico Brasileiro. A competição, de 27 a 30 de junho, é a última oportunidade de obtenção de índices e de pontos para o ranking mundial que definirão a seleção brasileira nos Jogos Olímpicos de Paris.
Em 2023, o Troféu Brasil foi sediado pela primeira vez no Centro-Oeste do país. A estreia mostrou-se muito bem-sucedida: mais de 7 mil pessoas foram ao Centro Olímpico de Treinamento da Universidade Federal do Mato Grosso durante os quatro dias de provas.
Agora a disputa retorna ao seu palco mais tradicional. São Paulo sediou a competição em 2020 e 2021, em duas edições atípicas, realizadas no Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa (COTP) no contexto da pandemia da COVID-19, com rígidas regras sanitárias e sem a presença de torcedores.
Será a 63ª vez que a capital paulista sediará o mais importante torneio de clubes de atletismo da América Latina, graças a parceria entre a Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) e o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB).
A parceria CBAt/CPB começou em 2018, quando as entidades passaram a organizar competições em conjunto, denominadas Desafio CBAt/CPB, em nome da hashtag #somosatletismo. A competição tem a finalidade de difundir e desenvolver a prática da modalidade entre atletas brasileiros com e sem deficiência. Neste ano, foram quatro etapas em São Paulo.
Uma história longeva, de quase 80 anos
A história do Troféu Brasil começa em 1945, justamente em São Paulo – ou seja, há 79 anos. Pelo regulamento inicial, o campeão seria definido após 10 disputas (havia mais de uma por ano). O clube vencedor seria aquele que conquistasse o maior número de vitórias.
A primeira edição foi encerrada em 1951, e o São Paulo Futebol Clube (SP) foi o campeão, com seis vitórias, seguido do Botafogo de Futebol e Regatas (RJ), com três, e do Esporte Clube Pinheiros (SP), com uma. No início, o atletismo era ligado a clubes populares de futebol, mas também era forte a presença de clubes poliesportivos, como Pinheiros, Espéria, Tietê e Paulistano, todos da capital paulista.
O regulamento do Troféu Brasil foi alterado algumas vezes, mas a competição se consolidou como a principal do calendário nacional. De 1945 a 1981, o troféu era de posse transitória. A partir de 1982, o evento passou a ser anual.
Nas décadas de 1970 e 1980, o Troféu Brasil teve o domínio da Universidade Gama Filho (RJ). Entre 1980 e 1990, houve disputa entre quatro equipes fortes: Sesi, Ultracred, Pão de Açúcar e Eletropaulo.
A partir dos anos 1990, o Troféu Brasil teve grandes hegemonias. Primeiro, da Funilense (SP), que conquistou 10 títulos consecutivos (de 1993 a 2002). Depois, de sua sucedânea, a BM&F Bovespa/B3 (SP), que venceu 13 vezes seguidas (de 2003 a 2015). Desde 2016, o Esporte Clube Pinheiros tem comemorado todas as vitórias: já são oito títulos consecutivos.
Curiosidades
A Prevent Senior NewOn é patrocinadora do atletismo brasileiro oferecendo medicina esportiva de precisão e estilo de vida para os que se ligam no esporte e apoio às competições.
As Loterias Caixa são a patrocinadora máster do atletismo brasileiro.
Assessoria de Comunicação: Heleni Felippe (helenifelippe@cbat.org.br) e Maiara Dias Batista (maiara@cbat.org.br).
A 44ª edição do evento interclubes reuniu 746 atletas (308 feminino e 438 masculino), mais 18 paralímpicos, em São Paulo, por quatro dias de disputas com 6 recordes sul-americanos, 9 brasileiros, 8 recordes do Troféu e três índices para o Mundial
Atleta de 25 anos entrou para o seleto clube dos 90 metros, neste domingo (3/8), no último dia do Troféu Brasil: com o resultado de 91 metros, entrou para o top 20 da história da prova
A velocista de Macaé deu um grito no meio da pista quando ouviu o locutor anunciar o recorde brasileiro sub-18 (23.30) e a prata nos 200 m; o atleta chorou abraçado ao treinador e comemorou com os amigos do Sesi-SP a melhora de sua marca pessoal (20.41), que vinha perseguindo há três anos
No último dia do Troféu Brasil, Viviane garantiu a qualificação para o Mundial de Tóquio, em setembro, com recorde brasileiro e sul-americano dos 35 km, e Max Batista bateu o recorde nacional e garantiu pontos importantes no ranking Road to Tokyo, da World Athletics