A Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) apresenta votos de profundo pesar a familiares e amigos, em nome de toda a comunidade esportiva, pela morte de João Joaquim dos Santos, de porte físico forte, como são os arremessadores de peso e lançadores de disco, mas de sorriso aberto e doce. João Joaquim faleceu nesta quarta-feira, dia 8 de janeiro de 2025, aos 64 anos, em São Carlos, São Paulo, por causa de complicações advindas da diabetes e de uma ferida no pé.
Nascido em 9 de setembro de 1961, em Araraquara, João Joaquim foi atleta do Sesi, mas desenvolveu sua carreira de atleta e treinador na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), onde era atualmente funcionário, atuando na Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas (ProGPe). Foi muitas vezes campeão do Troféu Brasil, tinha medalhas em Sul-Americanos e Ibero-Americanos.
Entre 1987 e 2001 João Joaquim ganhou 6 medalhas (3 ouro, 2 de prata e 1 de bronze) no lançamento do disco, e 3 no arremesso do peso (de bronze) em Sul-Americanos. E mais quatro no disco em Ibero-Americanos (3 de prata e 1 de bronze). Suas melhores marcas eram 59,72 m (1992) no disco e 17,04 m no peso (1995).
João Joaquim ainda conversou, por mensagem, com o presidente da Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt), Wlamir Motta Campos, no dia 30 de dezembro de 2024, para informar sobre o falecimento do treinador José Carlos Jacques, aos 79 anos.
Jacques também foi atleta do arremesso do peso e lançamento do disco e disputou quatro edições de Jogos Pan-Americanos (São Paulo-1963, Winnipeg-1967, Colômbia-1971 e México-1975). Era professor aposentado da Academia da Força Aérea e ex-treinador da equipe da Associação Sãocarlense de Atletismo (ASA)/Tapetes São Carlos/Prefeitura de São Carlos.
"Estou muito triste, tenho muitas lembranças. No dia 30 ele me ligou para dar a notícia do falecimento do Jacques. Eram pessoas com as quais nunca perdi o contato, de um grupo que tinha o Adilson (Ramos de Oliveira) - treinávamos juntos em Cubatão - o Jacques, o João Joaquim, o Edson Miguel, o João Paulo (Alves da Cunha), pessoas com as quais não perdi o contato. Ele fazia tratamentos, tem uma filha médica, mas estava bem quando falamos e animado com a inauguração da pista de São Carlos", afirma Wlamir Motta Campos.
João sempre treinou muito, morou na Alemanha por um tempo e chegou a treinar de madrugada, no horário de almoço e também à noite, fez Educação Física. “Poucas pessoas têm essa oportunidade e o esporte me proporcionou isso. Tudo vale a pena, porque eu sempre fiz o o que realmente gosto”, disse João Joaquim, numa de suas entrevistas, declarando o seu amor ao atletismo.
Em 2024, João Joaquim esteve no Troféu Brasil, em São Paulo, e ficou hospedado na casa de Alex Sabino, treinador de atletas paralímpicos no Centro de Treinamento Paralímpico de São Paulo. "Eu conheci o João no Sesi, em 1994, e depois treinei com ele e o Jacques. Ele me dava lanche, roupa, tênis, mochila, orientações. Estou muito triste. Ele estava no hospital há poucos dias, mas a diabetes é muito traiçoeira", afirmou Alex Sabino.
Assessoria de Comunicação: Heleni Felippe (helenifelippe@cbat.org.br) e Maiara Dias Batista (maiara@cbat.org.br).
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