Willian Dourado (Praia Clube-Exército-CEMIG-Futel-MG) é o segundo melhor atleta do arremesso do peso da América do Sul. No domingo (3/8), ele venceu a prova no 44º Troféu Brasil, com a marca de 21,41 m. Além de ter assumido a vice-liderança no ranking histórico, tornou-se o terceiro brasileiro a alcançar os 21 metros, unindo-se a Welington Morais, o Maranhão (Pinheiros-SP), que tem 21,01 m desde 2024 (treina com Ricardo de Souza Barros), e o pioneiro Darlan Romani, líder absoluto e um dos melhores do mundo (22,61 m, de 2019), que se prepara para voltar às competições após duas cirurgias na coluna.
"Eu queria muito ser campeão do Troféu Brasil, porque eu não tinha esse título, e a marca foi excelente. Eu só tenho que agradecer a Deus e ao meu treinador", disse Willian, referindo-se ao técnico Wagner Domingos, o Montanha, que foi atleta olímpico do lançamento do martelo e é o atual recordista brasileiro e sul-americano da prova.
A parceria entre Willian e Montanha foi iniciada em setembro de 2024, mas já está rendendo ótimos frutos. O arremessador de 31 anos começou a temporada com 20,52 m como seu recorde pessoal, resultado de 2022. Em fevereiro, no Brasileiro Indoor, melhorou para 20,63 m. No mês seguinte, fez 20,93 m, no Troféu Adhemar Ferreira da Silva. No Troféu Brasil, alcançou 21,10 m em sua primeira tentativa, e depois, na quinta, fez os 21,41 m.
"Nosso trabalho é recente, mas sei que eu posso evoluir muito", afirma Willian, que foi 10º colocado no Mundial Indoor de Nanjing, em março, e campeão sul-americano em abril. Com o resultado do Troféu Brasil, ocupa a 15ª posição do ranking mundial e está muito bem posicionado no ranking de pontos que classifica para o Mundial de Tóquio, em setembro.
Antes do atletismo, Willian jogava futebol em sua cidade natal, Penápolis, no interior de São Paulo. Sem grandes oportunidades, atendeu a sua sugestão de sua tia, a meio-fundista paralímpica Ana Tércia Soares, de conhecer o atletismo. Mudou-se para São José do Rio Preto, onde Ana Tércia morava, e lá começou sua trajetória nas provas de campo. Ficou na cidade por 11 anos, até se mudar para Bragança Paulista e entrar para o grupo do treinador Justo Navarro. "Veio pandemia e eu pedi para treinar com profe. Treinei com ele até 2023."
Com o retorno de Navarro para Cuba, Montanha assumiu o grupo de atletas do arremesso de peso e, hoje, também trabalha com Alencar Chagas, do martelo, e Wellinton Fernandes, do disco – ambos campeões brasileiros.
Em 2026, a expectativa é pelo retorno de Darlan Romani às competições. O campeão mundial e recordista brasileiro e sul-americano do arremesso do peso passou por duas cirurgias na coluna – uma em 2024, outra este ano – e está firme do trabalho de recuperação. "Estamos torcendo para o Darlan voltar logo. Ele é a minha referência. Com o retorno dele no ano que vem, vamos melhorar juntos – eu vou com ele –, para sermos o espelho da próxima geração", disse Willian.
E a próxima geração vem forte. No Troféu Brasil, Alessandro Borges Soares (Praia Clube-Exército-CEMIG-Futel-MG), de apenas 18 anos, conquistou a medalha de bronze com seu recorde pessoal (18,81 m). Foi seu primeiro pódio em uma competição adulta.
Alessandro é fruto do trabalho de base realizado na Associação Cultural Nipo-Brasileira de Araçatuba. Foi descoberto por Andrea Maria Pereira Britto, ex-atleta de sucesso no peso e no disco, que continua como sua treinadora. Escolhido como a revelação do atletismo brasileiro da última temporada, Alessandro teve um ano de 2024 brilhante: foi campeão mundial escolar no Bahrein, campeão brasileiro e sul-americano sub-18 e sub-20.
Líder do ranking sul-americano sub-20, graças ao resultado do Troféu Brasil, Alessandro já tem seu próximo compromisso marcado: os Jogos Pan-Americanos Júnior, que serão disputados em Assunção, Paraguai – o atletismo será realizado entre os dias 18 e 22 de agosto.
As Loterias Caixa e a Caixa são patrocinadoras máster do Atletismo Brasil.
Assessoria de Comunicação: Heleni Felippe (helenifelippe@cbat.org.br) e Maiara Dias Batista (maiara@cbat.org.br).
A 44ª edição do evento interclubes reuniu 746 atletas (308 feminino e 438 masculino), mais 18 paralímpicos, em São Paulo, por quatro dias de disputas com 6 recordes sul-americanos, 9 brasileiros, 8 recordes do Troféu e três índices para o Mundial
Atleta de 25 anos entrou para o seleto clube dos 90 metros, neste domingo (3/8), no último dia do Troféu Brasil: com o resultado de 91 metros, entrou para o top 20 da história da prova
A velocista de Macaé deu um grito no meio da pista quando ouviu o locutor anunciar o recorde brasileiro sub-18 (23.30) e a prata nos 200 m; o atleta chorou abraçado ao treinador e comemorou com os amigos do Sesi-SP a melhora de sua marca pessoal (20.41), que vinha perseguindo há três anos
No último dia do Troféu Brasil, Viviane garantiu a qualificação para o Mundial de Tóquio, em setembro, com recorde brasileiro e sul-americano dos 35 km, e Max Batista bateu o recorde nacional e garantiu pontos importantes no ranking Road to Tokyo, da World Athletics