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Joaquim Cruz relembra dois Pans de muita superação, inesquecíveis

25.10.2023  |    220 visualizações

Campeão olímpico em Los Angeles-1984 e prata em Seul-1988, ambos nos 800 m, o brasiliense conquistou também dois ouros na competição intercontinental: foi ouro em Indianápolis-1987 e em Mar Del Plata-1995 nos 1.500 m; o atletismo no Pan de Santiago no Chile tem provas a partir deste domingo (29/10)

Bragança Paulista – Campeão olímpico em Los Angeles-1984 e prata em Seul-1988, nos 800 m, Joaquim Cruz tem também duas medalhas de ouro em Jogos Pan-Americanos nos 1.500 m, conquistadas em Indianápolis-1987 e Mar Del Plata-1995. Considera os dois títulos muito especiais e prefere nem apontar o mais relevante e inesquecível, nas vésperas de começar as provas de pista e campo nos Jogos Pan-Americanos de Santiago, no Chile. 

“Foram muito especiais. No primeiro, marcou minha superação num momento muito difícil de saúde. Já o segundo, também foi de superação, mas venci pela obediência ao meu treinador, Luiz Alberto de Oliveira, que traçou uma estratégia e eu segui rigidamente”, lembrou Joaquim Cruz, reconhecido como o ídolo dos ídolos do atletismo brasileiro.

“O ano de 1987 foi um pouco tumultuado. Voltava de uma cirurgia no tendão em 1986 e fui bombardeado por uma alergia em Eugene, no Oregon, onde morava, estudava e treinava. Desenvolvi uma tosse, que me deixou mal por algum tempo. Viajei para competir no Brasil e venci a prova. Em seguida fui correr em Estocolmo, na Suécia, e apaguei. Terminei a prova nos últimos 300 metros, praticamente caminhando. Passei no médico em seguida e ele diagnosticou uma bronquite crônica. Aí me deu remédios. Isso a cinco semanas do Pan", relatou Joaquim.

Foi uma vitória a de Indianápolis, nos 1.500 m, com o tempo de 3:47.34, depois de chegar a cidade americana com “confiança zero”. E para ajudar a semifinal em que pretendia ganhar ritmo de prova foi cancelada. “Me maltratei mentalmente. Antes do aquecimento, disse comigo mesmo: chega, chega. Peguei minhas coisas e fui para a pista. Tive uma inesperada sensação de que iria vencer. O ritmo da prova foi perfeito, quase um trote. Garanti a vitória na velocidade no final.”

Já o Pan-Americano de Mar Del Plata foi realizado em março de 1995, período em que os atletas não estão normalmente prontos. “Eu e o Luiz Alberto fizemos uma mudança de planejamento do trabalho. Estava confiante nos treinos e não em competições. Fui falar com o Luiz depois do aquecimento, numa área em que os treinadores têm acesso. Não tinha a mínima ideia de como correria. Pela primeira vez na minha vida fui no escuro. Ele deu a tática. A prova se desenvolveu da forma como o Luiz planejou. Executei do jeito que ele pediu. Temos de aplaudir sempre esse cara”, disse, em homenagem ao seu treinador, durante toda a carreira, falecido em 2021 no Catar, em virtude de problemas renais, cardíacos e respiratórios.

Em Mar Del Plata, Joaquim garantiu o ouro, com o tempo de 3:40.26. Nascido em Taguatinga, no Distrito Federal, em 12 de março de 1963, ele tem ainda a medalha de bronze no Mundial de Helsinque, em 1983, nos 800 m, e é até hoje recordista brasileiro e sul-americano da prova, com 1:41.77, marca obtida no Meeting de Colônia, da Alemanha.

Em Santiago, as disputas do atletismo serão no Coliseo do Estádio Nacional Julio Martínez. As transmissões do Pan, ao vivo e gratuitas, podem ser acompanhadas no Canal Olímpico do Brasil, no Youtube do Time Brasil e também pela Cazé TV. A programação é anunciada pelas plataformas. 

O Grupo Prevent Senior patrocina o atletismo brasileiro, oferece medicina esportiva de precisão e estilo de vida para os que se ligam no esporte e apoio às competições.

As Loterias Caixa são a patrocinadora máster do atletismo brasileiro.

Assessoria de Comunicação: Heleni Felippe - helenifelippe@cbat.org.br - (11) 99114-1893 e (11) 99142-2951; João Pedro Nunes - joaonunes@cbat.org.br - (11) 948245812 e Maiara Dias Batista - maiara@cbat.org.br - (11) 99127-2369.

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