Alexander Cordeiro Santa Cruz (Instituto Ideal Brasil-RJ) comemorou a medalha de ouro, o recorde do campeonato e o posto de número 1 do mundo na categoria sub-18. O atleta venceu o salto triplo com 15,78 m (1.7) no Campeonato Brasileiro Interclubes Loterias Caixa Sub-18, neste domingo (8/6), no Centro Olímpico da Universidade Federal do Mato Grosso, em Cuiabá. O pódio foi formado também por Guilherme da Silva Izidoro (Instituto Foz - ICLI-PR), com 15,18 m (2.3) e Davi Souza de Lima (APADA-MT), com 15,02 m (2.5).
A melhor marca do mundo este ano na prova pertencia ao jamaicano Amani Phillips (15,66 m, 0.9, de 29/3). E foi superada pelo brasileiro, que comemorou o seu primeiro título sub-18. O recorde do campeonato, de Thiago Jacinto Carahyba Dias, de 15,62 m, era de 2001.
"Nos primeiros saltos eu obtive uma marca regular - fiz 15,05 m duas vezes. Queimei o quarto salto, no quinto não fiz uma marca tão boa, mas eu ainda estava em primeiro na prova. Eu pensei: eu posso mais, vou fazer mais, e com o meu treinador ali me dando a força, saiu essa marca que eu sabia que eu estava preparado para fazer", disse Alexander, abraçado pelos companheiros de equipe e pelo treinador Ormandino Rodrigues Barcelos, um dos mais longevos treinadores do Brasil - vai completar 80 anos em agosto e trabalha com atletismo há 60 anos.
"Vou ficar em casa jogando carta? Vou nada. Prefiro dar minha contribuição", disse Ormandino, que trabalha juntamente com a mulher Rosana e treina Alexander desde os 14 anos – ele só trabalha com atletas de base.
Alexander disse que está sentindo uma felicidade imensa. "Com certeza era uma marca que eu queria. Todo mundo quer ser o primeiro, mas é preciso acreditar. E quando você chega lá, você vê que o trabalho feito foi o correto e você fez com dedicação, determinação", completou Alexander, que treina no Sulacap e na pista da Aeronáutica, no Rio de Janeiro.
Seu foco agora passa a ser o recorde brasileiro do salto triplo, de Márcio Rogério da Cruz, que tem 35 anos: 15,83 m (24/11/1990, em Lima, Peru). "Não estou muito longe, 5 centímetros apenas. Mas é muito treino, de qualquer forma. Não é tão simples quanto parece. Mas a gente segue na luta", disse. E nos seus sonhos vai ainda mais longe - quer chegar à emblemática marca dos 18 metros, que poucos saltadores no mundo conseguiram.
O Brasil tem uma escola incrível de triplistas. Na história soma seis medalhas olímpicas, com Adhemar Ferreira da Silva (ouro em Helsinque-1952 e Melbourne-1956), Nelson Prudêncio (prata, Cidade do México-1968, e bronze, Munique-1972) e João Carlos de Oliveira, o João do Pulo (bronze em Montreal-1976 e Moscou-1980). O recordista sul-americano é Jadel Gregório, com 17,90 m (0.4), de 20 de maio de 2007, no GP Brasil Caixa de Belém (PA) – a marca anterior, 17,89 m, era de João Carlos de Oliveira.
Mas Alexander, que é "grande", está de olho nos saltos do norte-americano Christian Taylor, campeão olímpico e mundial (seu recorde pessoal é 18,21 m). "Tenho um peso maior por causa do meu tamanho, não posso saltar muito alto, o meu salto tem de ser rasante. Então eu acompanho ele e espero um dia chegar na marca que ele chegou também. Se a gente prestar bem atenção e treinar bastante, obviamente, a gente consegue chegar lá, se Deus quiser."
CONFIRA OS RESULTADOS DO BRASILEIRO SUB-18
O Brasileiro Sub-18 é uma realização da CBAt e do Governo do Estado do Mato Grosso, em parceira com a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e a Federação de Atletismo de Mato Grosso (FAMT), com transmissão ao vivo da TV Atletismo Brasil, no YouTube.
O Brasileiro Sub-18 tem apoio do Comitê Brasileiro de Clubes (CBC), que desenvolve o programa de formação de atletas juntamente aos clubes integrados e ENADS. CLIQUE AQUI
As Loterias Caixa são a patrocinadora máster do atletismo brasileiro.
Assessoria de Comunicação: Heleni Felippe - helenifelippe@cbat.org.br; e Maiara Dias Batista - maiara@cbat.org.br.
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